O presidente da Abrasco, Rômulo Paes de Sousa, participou na última quarta-feira (24) da apresentação da versão atualizada do Plano de Ação em Saúde de Belém a autoridades internacionais, reunidas na cidade de Nova Iorque (EUA), para a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas. A atividade aconteceu durante o evento Advancing Climate & Health Action on the Road, como parte das ações preparatórias para a COP30, que será realizada em Belém (PA), no Brasil, em novembro deste ano.
O documento, principal proposta do Brasil para a COP30, foi apresentado pela vice-ministra da Saúde, Mariângela Simão. O evento foi realizado pelo Governo do Brasil em parceria com a Fundação Rockefeller, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A iniciativa buscou ampliar a conscientização e estimular a adesão dos países ao plano.
A construção do Plano contou com um processo participativo, conduzido pelo Ministério da Saúde, que envolveu atores estratégicos e a mobilização do apoio internacional. A proposta tem o objetivo de auxiliar os países a adaptarem seus sistemas de saúde aos efeitos das mudanças climáticas. O plano é voluntário e inclui medidas práticas em três frentes: Vigilância e Monitoramento em Saúde; Políticas Baseadas em Evidências e Fortalecimento de Capacidades; e Inovação e Produção Sustentável em Saúde.
A COP30 definiu 30 objetivos-chave para a ação climática, entre os quais está a promoção de sistemas de saúde resilientes, com foco no desenvolvimento humano e social. Dessa maneira, o Plano de Ação em Saúde de Belém propõe políticas públicas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas na saúde, com ações voltadas para eventos extremos, o fortalecimento de sistemas de alerta precoce e também estratégias de adaptação territorial.
No Dia da Saúde na COP30, marcado para 13 de novembro, o Brasil deve anunciar contribuições de diversos países ao Plano de Ação em Saúde de Belém, reforçando o compromisso de avançar a estratégia com foco no próximo Balanço Global do Acordo de Paris (GST), que avaliará coletivamente o progresso dos países nas metas climáticas em 2028.
