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De que modo adotar a prevenção do suicídio como causa e ainda como pesquisa – Por Carlos Estellita-Lins

Vilma Reis

 

O suicídio tem crescido ainda entre as causas de mortes de jovens até 19 anos no Brasil. Em 2013, 1% de todas as mortes de crianças e adolescentes do país foram por suicídio, ou 788 casos no total. O número representa um aumento expressivo frente ao índice de 0,2% de 1980. Ou seja: em 25 anos, o número de suicídios entre os jovens brasileiros aumentou 500%. Entre adolescentes de 16 e 17 anos, a taxa é ainda maior; 3% . O aumento também ocorre em relação às mortes para cada 100 mil jovens dessa mesma faixa etária: a taxa foi de 2,8 por 100 mil em 1980 para 4,1 em 2013.

O terceiro número da revista Ensaios & Diálogos em Saúde Coletiva da Abrasco traz um artigo do pesquisador Carlos Estellita-Lins, Coordenador do Grupo de Pesquisa de Prevenção do Suicídio (PesqueSui), do Instituto Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde (Icict/Fiocruz). Estudioso do tema há anos, Estellita fala sobre os estudos sobre suicídio e ideação suicida, o uso de emergências psiquiátricas pela população e métodos de educação em massa sobre saúde mental. Em 2012, foi lançado o livro Trocando seis por meia dúzia – Suicídio como emergência do Rio de Janeiro, organizado pelo pesquisador. A obra relata o atendimento, nas emergências dos hospitais da cidade, a pacientes que tentaram se matar.

ACESSE AQUI O ARTIGO ‘De que modo adotar a prevenção do suicídio como causa e ainda como pesquisa’ NA ENSAIOS & DIÁLOGOS

Estellita diz que entre as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde no atendimento desses casos no Brasil estão a precariedade na formação em urgências psiquiátricas e em suicidologia. “Precisamos admitir que o suicídio é uma questão que diz respeito a todos os profissionais de saúde. Todos nós devemos buscar capacitação profissional para lidar com isto”, afirma. “Qualquer um de nós já pensou em suicídio, qualquer um de nós poderá optar por esse desfecho e eu respeito isso. O que eu não respeito é que nós não possamos ser tratados por isso. E sabemos que no Brasil o idoso vive a cada ano um pouco mais e a cada ano vive pior e o suicídio é uma saída, vamos debater o suicídio acima de 70 anos! Precisamos falar sobre o tratamento que o suicida recebe no Brasil, como ele é tratado na fila do pronto-socorro”, alerta Estellita-Lins.

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