Publicação original: 09/08 – Atualização: 16/08
Para marcar o Dia Internacional dos Povos Indígenas a Abrasco promove uma conversa com os organizadores responsáveis pelo livro “A gente precisa lutar de todas as formas: povos indígenas e o enfrentamento da Covid-19 no Brasil“, publicado em parceria pela Hucitec e Abrasco. A live foi realizada no Instagram da Abrasco (@Abrascooficial) no dia 11 de agosto, às 16h, e teve participação de Daniela Fernandes Alarcon e Felipe Sotto Maior Cruz, com mediação de Ana Lúcia Pontes, coordenadora do GT Saúde Indígena/Abrasco.
Veja como foi a Live
O encontro foi uma forma de reverberar ainda mais as vozes indígenas que estão capitaneando ações políticas e produzindo conhecimentos. Para Ana Lúcia, o livro evidencia a capacidade de articulação, diálogo, cooperação e agência política das lideranças e movimento indígena frente à covid-19. “A gente viu uma incidência, capitaneada pelos próprios indígenas no judiciário, no legislativo, nos territórios e uma abertura na sociedade, pelos meios de comunicação que deu destaque à esses temas, o que mostra a gravidade do problema.” O GTSI/Abrasco apoiou também a edição do livro “Vozes indígenas na produção do conhecimento: para um diálogo com a saúde coletiva“. Ambas as obras estão disponíveis gratuitamente em versão e-book.
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Confira os lançamentos da Hucitec e Abrasco sobre saúde indígena:
“A gente precisa lutar de todas as formas”: povos indígenas e o enfrentamento da Covid-19 no Brasil
Daniela Fernandes Alarcon, Ana Lúcia de Moura Pontes, Felipe Sotto Maior Cruz & Ricardo Ventura Santos (orgs.)
Registrar e refletir sobre as formas de atuação política engendradas pelos povos indígenas no contexto da pandemia de Covid-19 são os principais objetivos deste livro, que reúne pesquisadores e pesquisadoras indígenas e não indígenas das áreas de antropologia, direito e saúde coletiva. Em face das omissões e inadequações da resposta governamental à crise sanitária e da agudização das violações de direitos indígenas sob o atual governo brasileiro, esta coletânea evidencia como o movimento indígena pôs em marcha diferentes estratégias, do chão da aldeia a âmbitos internacionais, não somente realizando denúncias, mas demonstrando também sua capacidade propositiva na formulação de ações e políticas de saúde.
Vozes indígenas na produção do conhecimento: para um diálogo com a saúde coletiva
Coletivo Vozes Indígenas na Saúde Coletiva
Com vistas a dar maior visibilidade à produção conhecimento dos acadêmicos indígenas, o Coletivo se propôs a organizar uma publicação conjunta e para isso formou um Conselho Editorial Indígena que organizou uma chamada pública para primeiras autorias indígenas que refletissem temas que se relacionam com a área de saúde coletiva. A presente publicação é resultado dessa chamada pública e reúne 21 capítulos, organizados em 3 partes. A primeira parte, intitulada Indígenas mulheres e experiências de cuidado visibiliza o protagonismo das mulheres indígenas e as formas de cuidado a partir dos territórios indígenas. A segunda parte, chamada Saberes e memórias nos territórios e nas políticas traz contribuições que aprofundam memórias de luta nos territórios pelos direitos indígenas. Por fim, a seção Estratégias de enfrentamento e cuidado na pandemia da Covid-19 apresenta reflexões e experiências vividas pelos indígenas diante dos impactos da Covid-19 e suas estratégias de enfrentamento.