Neste 9 de agosto, Dia Internacional dos Povos Indígenas, os povos originários do Brasil denunciam o governo Bolsonaro por Genocídio no TPI (Tribunal Penal Internacional). A ação foi protocolada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), e reúne notas técnicas, documentos oficiais, pesquisas acadêmicas e denúncias de lideranças e organizações indígenas, comprovando os crimes cometidos pelo presidente desde 2019.
A Apib solicita que a procuradoria do tribunal de Haia analise as ações de Jair Bolsonaro que colocam em risco a existência dos mais de 200 povos indígenas do Brasil: “Os ataques às terras e aos povos indígenas estão evidenciados em múltiplos fatos, que perpassam desde a explícita recusa em demarcar novas terras, até projetos de lei, decretos e portarias que tentam legalizar as atividades invasoras, estimulando os conflitos”, sinaliza o documento, segundo o UOL.
O GT Saúde Indígena da Abrasco tem contribuído com a luta dos povos indígenas através da produção científica, que orienta as denúncias ligadas diretamente às condições de saúde. Uma nota técnica de maio de 2021, por exemplo, indica que cresceu o número de casos de malária entre indígenas do povo Yanomami no período de pandemia, associado ao aumento das atividades garimpeiras na região. A informação foi utilizada pela Apib no âmbito da Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709.
Para marcar o Dia Internacional dos Povos Indígenas, e a denúncia realizada no tribunal de Haia, acontecerá, às 19h, o evento “Diante do Genocídio Indígena Não nos Calaremos!” , organizada pela Apib, Abrasco e Observatório Judaico de Direitos Humanos. Transmissão pela TV Abrasco: