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Diante da pandemia de coronavírus, academias de ciências de 13 países assinam nota pedindo cooperação internacional

Pedro Martins, com informações do Jornal da Ciência

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e instituições equivalentes da França, Itália, Alemanha, Índia, Indonésia, Coreia do Sul, Estados Unidos, Nigéria, Canadá, Reino Unido, Rússia e Japão assinaram uma nota defendendo comunicação rápida do desenvolvimento da tecnologia e compartilhamento em tempo real de informações científicas detalhadas sobre o coronavírus. O texto aponta que “a cooperação internacional e o compartilhamento de informações em todas essas dimensões serão particularmente cruciais em países e regiões onde o sistema público de saúde e sua infraestrutura de assistência à saúde não são adequados, onde a doença ainda não está em seu pico de impacto, e onde as condições sociais, econômicas e de saúde indicam extrema vulnerabilidade à rápida disseminação da doença e capacidade de resposta deficiente”.

A nota traz seis pontos sobre a urgência da cooperação internacional, enfatizando sempre a colaboração e o compartilhamento do conhecimento produzido:

1 – Comunicação internacional rápida, precisa e transparente sobre o desenvolvimento da epidemiologia desta nova doença viral, incluindo padrões de transmissão, período de incubação e letalidade, e a eficácia de vários métodos de intervenção.

2- Compartilhamento em tempo real de informações científicas detalhadas sobre o vírus, a fisiopatologia da doença que ele causa e a resposta imunológica humana, suas origens, genética e mutações, e atividades coordenadas para promover o aumento do conhecimento em todas essas áreas.

3 – Compartilhamento de informações sobre pesquisa e desenvolvimento de produtos médicos para lidar com a doença.

4 – Coordenação e alinhamento de processos regulatórios e de fabricação e de padrões de qualidade necessários para acelerar a disponibilidade de equipamentos de proteção individual confiáveis, dispositivos de teste para diagnóstico e capacidade de tratamento médico.

5 – Esforços colaborativos para realizar uma análise rápida, mas baseada em evidências, de preocupações emergentes ou questões distintas de programas e políticas que podem surgir à medida que a pandemia global avança.

6 – Desenvolvimento coordenado de orientações, mensagens e comunicações, consistentes e baseadas em evidências, para o público e os formuladores de políticas em circunstâncias que mudam rapidamente.

+ Confira a nota na íntegra

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