(Atualizada em 22/05/2018)
Campo eminentemente feminino, mas que, como a maioria das disciplinas científicas, teve historicamente apenas homens como figuras de proa, a Saúde Coletiva busca formas internas e externas de ampliar a participação feminina em seus cursos, gestões e atividades. Comprometida com essa perspectiva, a Abrasco tem adotado a equidade de gênero como um princípio político e organizativo para seus eventos, estruturas internas e representações. O 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – Abrascão 2018 – quer ser um marco desse novo tempo em que o espaço da mulher não é uma concessão, mas uma necessidade social e histórica.
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“A luta contra o machismo e a defesa dos direitos das mulheres passam pela necessidade de as mulheres ocuparem espaços de direção e de liderança. Como campo científico e de práticas sociais implicadas com um mundo mais justo e humano, toda a Saúde Coletiva deve se esforçar para que o princípio da equidade esteja presente na composição de suas atividades e organizações, como queremos fazer no Abrascão”, declara Gastão Wagner, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp) e presidente da Abrasco.
Ao longo das próximas semanas, a Comunicação da Abrasco evidenciará números que mostram essa expressividade na organização do Abrascão 2018, destacando os números das mulheres que compõem as comissões científica, organizadora local, subcomissões, inscritas, com trabalhos submetidos e a presença nas mesas-redondas, palestras e grandes debates.
Para a estreia, o destaque é a composição da Comissão Científica do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Responsável pelos princípios e temário do Congresso, bem como da definição da programação científica e dos convidados, a Comissão Científica do Abrascão 2018 busca representar a diversidade temática e instituicional da área. No critério de gênero, dos 86 pesquisadores integrantes, 48 são mulheres, o que representa 55,8%
A composição da Comissão Organizadora Local do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva também chama a atenção. Responsável pelo desenho do fluxo e das atividades paralelas à programação científica, reúne pesquisadores, professores, profissionais, estudantes de graduação e pós-gradução da Fiocruz, Uerj, UFRJ, UFF e Uni-Rio, além das equipes Abrasco e Método Eventos. No critério de gênero, dos 78 integrantes, 48 são mulheres, o que representa 61,5%.
A Comisssão Organizadora Local é dividida em 4 subcomissões – Comunicação, Cultura, Infraestrutura & Finanças e Mobilização Social. A dimensão feminina do Abrascão 2018 também é evidente na alocação das lideranças dessas estruturas, contando com três mulheres à frente das mesmas.
A presença feminina fica evidente quando se observa os dados referentes à submissão e aprovação de trabalhos ao Congresso. A maioria tem mulheres assinando a primeira autoria, num total de 4.414 trabalhos aprovados. Elas irão apresentar seus estudos e experiências entre 10 e 5 minutos nas seis faixas de comunicação oral, ao longo dos dias 26 a 29 de julho.
Na militância do SUS e da Reforma Sanitária brasileira a maioria também é feminina. Se tomarmos como parâmetro o número de associações à Abrasco até 11 de maio deste ano, são 2.512 mulheres, tanto cis como trans.
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