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 NOTÍCIAS 

Diretores da Hemobrás afastados por suspeita de fraude em licitações e desvio de recurso público

Vilma Reis com informações da Polícia Federal Pernambuco

A Polícia Federal está investigando operações financeiras suspeitas envolvendo a direção da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) e doações para campanhas políticas. O diretor-presidente da Hemobrás, Rômulo Maciel Filho; o diretor de Inovação Tecnológica da estatal, Mozart Sales; e o servidor Jorge Luiz Batista Cavalvanti foram afastados dos cargos por 90 dias pela Justiça, enquanto a PF segue com as investigações. Maços de dinheiro foram jogados de um prédio durante a operação.

Rômulo prestou depoimento nesta quarta-feira, 9 de dezembro, na sede da Polícia Federal – PF no Recife, após condução coercitiva. Maciel é proprietário de apartamento no residencial conhecido como Torres Gêmeas, no centro do Recife, onde a PF recolheu maços de dinheiro que foi arremessado pela janela no momento da Operação. O diretor de Produtos Estratégicos e Inovação da Hemobrás, Mozart Sales, chegou a assumir interinamente o Ministério da Saúde, em 2012, e é descrito no site da Hemobrás como criador do programa Mais Médicos. Dois sócios de uma empresa com atuação na Hemobrás foram presos na operação, segundo a Polícia Federal.

A operação investiga irregularidades em licitações e contratos de logística de plasma e hemoderivados, além de fraude na construção da fábrica de medicamentos da empresa em Goiana, a 60 quilômetros do Recife, que começou a ser erguida em 2010. Ligada ao Ministério da Saúde, a Hemobrás é responsável por pesquisas relacionadas ao sangue. A Polícia Federal afirma que, durante a operação, percebeu que diversas amostras de sangue coletado que deveria ser transformado em medicamentos contra a hemofilia e outras doenças eram armazenados de forma inadequada, o que os tornava inapropriados para a produção dos remédios.

Segundo a Polícia Federal, o dinheiro que “voou” de um prédio no Recife, quando policiais chegavam ao local, foi arremessado da janela de um apartamento de Romulo Maciel Filho. Um vídeo feito no local mostra maços de dinheiro jogados no chão do estacionamento do prédio e das ruas próximas. A assessoria da PF não soube dizer a quantia jogada pela janela.

 

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