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Diretoria da Abrasco reúne-se para avaliar os primeiros meses de mandato

Bruno C. Dias

Uma Abrasco unida, fortalecida e preparada para os enfrentamentos que a nova conjuntura nacional e internacional trará a partir de 2019. Essa é a perspectiva que atravessou os debates da diretoria da Associação durante os dois dias do Seminário de Planejamento Estratégico, realizado nos últimos 10 e 11 de dezembro, no Rio de Janeiro.

Estiveram presentes no encontro 16 dos 21 integrantes da presidência e do Conselho, da gestão “Resistir e Avançar”, eleitos pelos votos de associadas e associados Abrasco durante o 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, realizado no final de julho deste ano no campus Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Outras três reuniões semi-presenciais com participação via web dos dirigentes externos ao Rio de Janeiro foram realizadas ao longo do semestre. “Fico muito feliz em contar com a presença de todos aqui. Isso nos fortalece e impulsiona a seguir no caminho que estamos traçando”, saudou a presidenta Gulnar em sua fala de abertura.

No primeiro dia (10), os dirigentes avaliaram quais os cenários possíveis que podem vir a se materializar com o mandato de Jair Bolsonaro, desenhando desdobramentos para as políticas de saúde, de educação e de ciência, tecnologia e inovação. Independentemente do cenário que virá, foi unânime o posicionamento da diretoria em fortalecer a atuação da entidade em defesa da democracia, da liberdade de cátedra nas universidades e institutos de pesquisas e do direito universal à saúde.

Na sequência, os dirigentes discutiram a própria atuação da Abrasco nesses primeiros meses de gestão. De maneira autônoma ou em conjunto com demais entidades, a Abrasco tem se posicionado sobre importantes temas do interesse nacional, como o direito ao aborto; redução da cobertura vacinal; o aumento da mortalidade infantil no Brasil entre 2015 e 2016; os ataques à Política de Saúde Mental; os retrocessos das políticas de Educação; as eleições de 2018 e o Programa Mais Médicos, entre outros- confira aqui os posicionamentos oficiais da Abrasco. À tarde foi debatida também a ação da Associação junto ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) e demais redes e alianças da sociedade civil em que participa.

No dia seguinte (11), os dirigentes fizeram um balanço sobre a organização interna da Associação. Uma recente troca de comunicação entre a Secretaria Executiva com os Grupos Temáticos (GTs), balizou os debates. A importância de mecanismos transparentes para entrada e exclusão de abrasquianas e abrasquianos nos GTs foi destacado por ser um instrumento de fortalecimento político da Associação e de aproximação com as várias áreas de atuação do campo da saúde coletiva. Os fóruns de Graduação e de Coordenadores de Pós-Graduação, as Comissões e Comitês da Abrasco também e suas especificidades também foram debatidos. Foi ainda identificado como de grande importância a discussão sobre residências multiprofissionais. Foi estabelecido o Conselho Fiscal para acompanhamento das contas da entidade.

O último ponto discutido foi a organização dos próximos eventos: o 8º Congresso de Ciências Sociais e Humanas em Saúde e o 8º Simpósio de Vigilância Sanitária serão os primeiros eventos capitaneados pela nova gestão e serão realizados, respectivamente, em setembro de 2018, em João Pessoa (PB); e em novembro do mesmo ano, em Belo Horizonte (MG). A previsão é de que os sites desses eventos já estejam abertos para submissão de resumos até o final de fevereiro. Já 2020 será a vez do 4º Congresso de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, com local ainda não definido, e do 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, marcado para Fortaleza (CE). A partir de janeiro de 2019 começarão as discussões sobre a organização do maior evento da Associação, o 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, a ser realizado em 2021.

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