Professores do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) escreveram uma nota de apoio ao sanitarista Eduardo Hage, detido ontem (25/8) em Brasília (DF). Os pesquisadores afirmaram que Hage “sempre pautou sua vida pessoal e profissional pela ética, pelo respeito às leis e pelo compromisso com a Saúde Coletiva e o SUS”. Confira a manifestação, na íntegra:
Solidariedade dos docentes e pesquisadores do Instituto de Saúde Coletiva (UFBA) ao colega Eduardo Hage
Os docentes e pesquisadores do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) vêm a público manifestar total solidariedade ao colega Eduardo Hage do Carmo, pesquisador colaborador do nosso Programa de Pós-Graduação, médico epidemiologista com larga experiência no controle de doenças transmissíveis, profissional da maior competência, reconhecida nacional e internacionalmente, tanto no meio acadêmico, quanto na atuação nos serviços de saúde.
Eduardo Hage foi nosso aluno na graduação em medicina, fez residência em Medicina Social e realizou o Mestrado em Saúde Comunitária e o Doutorado em Saúde Pública, com concentração em Epidemiologia, no ISC/UFBA. Testemunhamos em todas essas experiências que Eduardo Hage sempre pautou sua vida pessoal e profissional pela ética, pelo respeito às leis e pelo compromisso com a Saúde Coletiva e o SUS.Com mais de 30 anos de vida profissional dedicada ao serviço público, atuando em funções acadêmicas e gerenciais, Eduardo Hage ocupou funções estratégicas na implementação da vigilância em saúde em nosso país, tornando-se referência na efetivação do SUS tal como instituído pela Constituição Federal.
Neste sentido, causa-nos enorme perplexidade a notícia desua prisão preventiva, enquanto ocupava o cargo de subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, em meio a investigações de suposta fraude na compra de kits diagnósticos para testagem da Covid-19.
Clamamos por transparência e imediato esclarecimento sobre as razões dessa medida extrema, bem como ressaltamos a importância da presunção de inocência. Em um contexto de propagação de acusações mal fundadas e conclusões precipitadas, não podemos permitir que se atinja a honra de pessoas de bem comprometidas com a melhoria da saúde e das condições de vida da população.
Assinam:
Ana Cristina Souto
Ana Luiza Vilasbôas
Ana Paula dos Reis
Clarice Santos Mota
Cleber Cremonese
Cristiane Abdon Nunes
Ediná Alves Costa
Federico Costa
Florisneide R Barreto
Gisélia Santana de Souza
Greice Menezes
Inês Dourado
Isabela Cardoso Pinto
Jairnilson S Paim
Joilda Silva Nery
Jorge Iriart
Leny Trad
Ligia Maria Vieira da Silva
Luis Eugenio Portela Fernandes de Souza
Maria da Conceição N Costa
Maria da Glória Teixeira
Márcio Natividade
Martha Itaparica
Mônica de Oliveira Nunes de Torrenté
Naomar de Almeida Filho
Samily Silva Miranda
Sebastião Loureiro
Sheila Alvim
Vilma Souza Santana
Yukari Figueroa Mise