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Dossiê Abrasco é lançado no Maranhão e fortalece movimentos locais

Por iniciativa liderada pelo Fórum Maranhense de Economia Solidária, em articulação com os grupos que constroem a agroecologia no estado, como a Associação Agroecológica Tijupá, o Dossiê Abrasco: Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos à saúde foi lançado no último dia 21 de outubro, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Maranhão, na capital, São Luis. A atividade reuniu ciência, agroecologia, resistência e conhecimento popular, e contou com Feira Agroecológica e a participação das encantadeiras do coco babaçu.

Pelo coletivo de autores, esteve presente Raquel Rigotto, pesquisadora e professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante do Conselho Diretivo da Abrasco. “Foi um momento importante para discutir o tema da expansão do uso dos agrotóxicos no estado, que já e grande na produção da soja e de outras culturas e explicitar os interesses que estão se movimentando em torno do projeto MATOPIBA, encaminhado pela Embrapa e com o apoio político do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA).

Tratado como “a nova fronteira agrícola” pelos interesses do agronegócio, a região que compreende partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia compreende cerca de 73 milhões de hectares nos quatro estados. Segundo dados dos movimentos maranhenses, 23,7% do território do estado abarcado pelo projeto foi demarcado em terras indígenas, comunidades quilombolas e assentamentos da Reforma Agrária. “Como acontece sempre nestes contextos de injustiça ambiental, as comunidades e povos não foram consultados, e ainda há pouca informação circulando sobre o projeto, que já foi objeto de decreto da Presidente Dilma”, aponta Raquel Rigotto. O próximo passo do movimento popular local é organizar o comitê estadual da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida, que também esteve presente no evento.

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