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“É preciso trazer mais democracia, mais transparência para legitimar as ações da vigilância sanitária”

Um dos principais pontos para a questão da saúde coletiva no tocante à pandemia é a realização de medidas de vigilância sanitária. O painel “Vigilância Sanitária em tempos de pandemia” da Ágora Abrasco foi realizado no dia 1º de outubro e teve como objetivo trazer uma abordagem sobre o tema que fortaleça o SUS e seja vista como um direito social da população, não simplesmente como uma política burocrática. Para aprofundas as reflexões sobre o tema, o painel foi composto pelos seguintes integrantes do Grupo Temático de Vigilância Sanitária da Abrasco: José Agenor Alvares da Silva (Fiocruz/Brasília), Geraldo Lucchese, (representante Abrasco no CNS) e Gisélia Santana Souza (ISC/UFBA). A coordenação foi de Ana Cristina Souto (ISC/UFBA).

O compromisso social e o respeito à população foi abordado por José Agenor, que ainda enfatizou que a criação da Anvisa tinha como um dos pontos principais “constituir um sistema que fosse forte, proativo, com participação de estados e municípios”. E para que tudo isso funcione, Geraldo Lucchese apontou a necessidade de lidar com a questão de forma educativa, integrando a população ao debate com informação e não somente com medidas regulatórias e autoritárias: “O ato educativo é um ato complexo. Não vejo ato fiscal e ato educativo como excludentes, e não podem ser autoritários e policialescos”.

“É preciso trazer mais democracia, mais transparência para legitimar as ações da vigilância sanitária”. Foi com essa sentença que Gisélia Santana abriu sua intervenção. A professora fez uma dura crítica ao “fundamentalismo neoliberal”, destacando a necessidade de um estado mais inclusive, transparente e democrático para garantir os direitos da população.

Confira a íntegra do painel na TV Abrasco:

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