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Economia política da Saúde e ultradireita em foco no Esquenta Abrascão

Letícia Maçulo

A tarde desta terça-feira (30) foi marcada pelo debate sobre política da Saúde, APS e ultradireita no contexto da contemporaneidade. Especialistas se reuniram em mais uma edição do #EsquentaAbrascão que foi transmitido ao vivo pela TV Abrasco.

Mediado por Áquilas Mendes, integrante da Comissão de Política, Planejamento e Gestão da Abrasco, o debate analisou os reflexos da pandemia e das crises ecológica e econômica no contexto político do capitalismo.

Para Leonardo Carnut, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), é importante olhar para o debate acerca da “ultradireita” a entendendo, na verdade, como neofascismo e usar este termo para nomear a realidade que estamos vivendo. “O que nós vivemos, grosso modo, são menos momentos de ampliação democrática do que a experiência democrática em sua plenitude. O neofascismo vem em última instância, restringir ainda mais a democracia incompleta e restrita que vivemos.”, afirma.


Reforçando a exposição do companheiro, Lúcia Guerra, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) relembra que há um projeto de destruição em curso e destaca que o neofascimo possui uma agenda muito clara que deseja implementar. Para a pesquisadora, essa agenda traz características de um desmonte concreto dos direitos sociais que foram ratificados na Constituição de 88. “Esses direitos foram concedidos, mas estão em disputa até o momento”, completa.

O debate tambem contou com participação de Mariana Alves Melo(FSP/USP); Celso Zilbovicius . (GT de Saúde Bucal/Abrasco) eThaisa Simplício Matias (FNCPS).



Para aprofundar o debate:

Confira o título disponível na Abrasco Livros organizado por Áquilas Mendes e Leonardo Carnut.

Economia Política da Saúde: Uma Crítica Marxista Contemporânea

Este livro procura decifrar os sentidos da crise da saúde pública brasileira, por meio de seu frágil e poroso financiamento, ancorados na crise do capitalismo contemporâneo, em que se torna explícita a relação orgânica entre o Estado e o capital, imbricando crises econômicas, políticas, ecológicas e sociais. Compreende-se ser essencial refletir sobre a essência da barbárie do capitalismo contemporâneo e a persistência de seus problemas na saúde a partir da economia política crítica marxista.

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