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 NOTÍCIAS 

Por quais caminhos andam nossa formação?

Em 15 de outubro, dia do professor, a formação em saúde esteve no centro do debate da Ágora Abrasco, no colóquio “Encontros e desencontros entre a formação em saúde e as necessidades da população brasileira em tempos de pandemia: que respostas estamos dando?”. Coordenado por Laíse Andrade (Universidade Federal da Bahia e Grupo Temático Trabalho e Educação na Saúde), a sessão trouxe convidados de diferentes Grupos Temáticos da Abrasco, prestou homenagens aos mestres e expôs os múltiplos desencontros que marcam a relação formação-sociedade.

Professora da Universidade Federal de São Carlos e membro do GT Racismo e Saúde da Abrasco, Rosana Monteiro pontuou sobre a saúde da população negra, a falta de representatividade e como as questões étnicas e raciais se apresentam nos cursos de formação. “É preciso reeducar os profissionais de saúde para as questões étnicas e raciais, para a valorização das diferenças”, disse.

Sobre as respostas à pandemia, Ana Paula dos Reis, da Universidade Federal da Bahia e coordenadora do GT Gênero e Saúde, ressaltou que “problemas existiam antes da crise sanitária, mas as desigualdades se aprofundaram”. Sobre a adoção de uma perspectiva de gênero na formação em saúde coletiva, a pesquisadora afirmou que “os profissionais podem desenvolver uma certa sensibilidade”, permitindo a compreensão da realidade.

Rodrigo Moretti, da Universidade Federal de Santa Catarina e membro do GT Saúde da População LGBTQIA+, falou de apagamentos, moralidade, preconceitos, perda de direitos e descaracterizações. Apontando lacunas na formação, o pesquisador se mostrou preocupado com os retrocessos do atual momento do país. “Por mais que estejamos em um campo profundamente crítico, ainda há na saúde coletiva uma grande dificuldade de encarar a saúde da população LGBTQIA +”, observou.

A saúde indígena foi o tema abordado por Inara do Nascimento Tavares, da Universidade Federal de Roraima e membro do GT Saúde Indígena. A professora contou sobre o curso Gestão de Saúde Coletiva Indígena, que tem pilares da saúde coletiva e um espaço de conhecimento dos povos indígenas, variando de acordo com os representantes dos povos que estão em sala de aula. Falando sobre saberes e corpos no território amazônico, e sobre produção e circulação de conhecimento, Inara Tavares explicou que “Indígena não é adjetivo, não é lugar étnico racial, é lugar político, epistêmico, é proposição de pensamento”.

Asssista à sessão:

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