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ENSP repercute decisões e debates do Fórum de Coordenadores de Pós

Publicada no último 1º de julho no Informe ENSP, a matéria Avaliação da Capes: Pós-Graduação da ENSP apresenta reivindicações e debate mudanças para próximo quadriênio traz um interessante balanço da última reunião do Fórum de Coordenadores de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, realizada em 1º e 02 de junho, nas dependências do PPGSC da Universidade de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.

A reportagem destaca o documento apresentado pela Comissão Geral de Pós-Graduação Stricto Sensu da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, com críticas e reivindicações de mudança ao atual sistema de avaliação praticado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com foco na questão da classificação das revistas da área e no processo de credenciamento para o quadriênio 2017-2020. Traz também o documento síntese resultado do encontro, encaminhado pelos coordenadores do Fórum aos coordenadores da área destacados no Conselho Técnico-Científico da Educação Superior da Agência (CTC-ES/Capes). 

A reportagem expõe as visões de Tatiana Wargas, vice-diretora de Ensino da Escola, e também de alguns dos coordenadores dos programas de Pós da ENSP sobre as contribuições levadas ao Fórum e sobre a importância de fomentar o amplo debate na busca por uma avaliação mais comprometida com a diversidade, com o diálogo interdisciplinar e com a qualidade do ensino em saúde.

Segundo Tatiana Wargas, vice-diretora de Ensino da Escola, o sistema vigente de avaliação da Capes não expressa a riqueza e a diversidade encontrada na área. Além disso, o novo credenciamento representa uma oportunidade de avanços e mudanças. “Precisamos buscar formas de tornar os critérios de avaliação não somente mais inclusivos, porém, também, mais capazes de expressar a diversidade da área. Reconhecer a diversidade é reconhecer que existe um modo de fazer ciência mais próximo de cada um dos campos que compõem a Saúde Coletiva: Ciências Sociais em saúde; Política, Planejamento e Gestão de sistemas e serviços de saúde; e Epidemiologia. Os três eixos devem dialogar, ter sinergia e, ao mesmo tempo, respeitar e valorizar seus diferentes modos de produção”.

Para Edinilsa Ramos de Souza, coordenadora adjunta do Programa Acadêmico de Pós-Graduação em Saúde Pública, a discussão sobre a próxima avaliação – critérios e indicadores utilizados – teve como foco a necessidade de avaliar sem perder de vista a diversidade da área que, em última instância, também constitui a sua riqueza.

Já Sergio Rego, coordenador geral de Pós-Graduação em Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva ressaltou que é muito bom dispor do Fórum de Pós, uma instância em que se pode discutir com colegas e amigos a conjuntura brasileira e a organização e avaliação dos nossos programas de pós-graduação. “São inúmeros os desafios que persistem, em especial o de ir além da mera avaliação bibliométrica. Ir além, entretanto, não significa considerar que o modelo bibliométrico atual seja apropriado para o nosso campo”.

Leia as notas aprovadas na reunião do Fórum de Coordenadores em Florianópolis
+Nota Pública em Defesa do SUS e do Estado Democrático de Direito
+Pela valorização dos ACS – nota em repúdio à Portaria GM/MS 958/2016

Na visão de Simone Oliveira, coordenadora adjunta do Mestrado Profissional do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, o grande desafio será a elaboração de indicadores que permitam expressar a diversidade da área e sua interdisciplinaridade, principalmente de cunho qualitativo. Foi apontado que, para esse quadriênio, as mudanças serão pontuais. “É preciso um trabalho árduo e dedicado, pois, apesar das insatisfações com esse modelo, ainda existem grupos aderentes, com receio de rompimento dessa lógica”.

“Essa foi a melhor reunião do fórum nos dois últimos anos, período em que estou na coordenação”, expressou Liliane Reis Teixeira, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, que ressaltou as discussões pautadas principalmente na ficha de avaliação, na indicação dos participantes da comissão de avaliação, na nova classificação do Qualis periódicos, na avaliação do Qualis livros e a possível inserção de livros didáticos.

Por fim, Letícia Cardoso, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, percebeu o encontro como um espaço aberto e de possíveis negociação quanto às necessidades de mudanças no sistema de avaliação adotado pela Capes em sua primeira participação. “Outro ponto bastante surpreendente do encontro foi a percepção da expansão da pós-graduação no Nordeste do nosso país. Apesar de saber dos investimentos voltados para a região, durante o Fórum tive a visão real desse crescimento”. Acesse a matéria na íntegra e veja por completo os posicionamentos dos coordenadores da ENSP/Fiocruz.

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