Entre os dias 26 e 28 de fevereiro, as Comissões Científica e Organizadora do 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia reuniram-se na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz) para organizar a programação e avaliar as propostas enviadas para a chamada pública de mesas-redondas, palestras, oficinas e cursos.
Para isso, os mais de 30 participantes dedicaram-se às mais de 200 propostas, selecionando aquelas mais adequadas aos eixos e temas do congresso, buscando garantir qualidade, inovação, pluralidade institucional, representatividade geográfica, equidade de gênero e raça na configuração da programação do EPI2024.
Guilherme Werneck, Membro da Comissão Científica no grupo de participantes da SVSA/Ministério da Saúde, vê esta etapa como inicial para as definições das atividades do congresso, que serão complementadas com novas consultas à ampla e diversa comunidade de epidemiologistas do país, além da chamada para submissão de trabalhos. “A experiência de construção da programação com atores de diversas áreas de atuação, da pesquisa à gestão, garantirá que o EPI2024 reforce o compromisso da epidemiologia brasileira com a excelência científica e a tradução do conhecimento para subsidiar políticas públicas de saúde”, garante.
Ao todo, foram submetidas 242 propostas de mesas-redondas/palestras e oficinas, e 47 propostas de cursos, superando o número de propostas apresentadas nos congressos anteriores. Para Tânia Araújo, presidente da comissão científica do congresso, este é um indicador da intensa e produtiva atividade da Epidemiologia no Brasil. “É uma Epidemiologia vigorosa, inventiva, diversa, comprometida em oferecer subsídios e evidências construídas e sustentadas em arcabouços científicos consolidados e, principalmente, comprometida em assegurar melhorias nas condições de saúde das populações e no enfrentamento das desigualdades sociais em saúde”, afirma.
Devido ao alto número de propostas e à qualidade dos envios, não foi possível concluir as avaliações nos três dias de oficina, e o processo seguirá de maneira remota. “Logo iniciaremos a chamada de trabalhos para apresentação de resultados de pesquisas e experiências. Esperamos um congresso participativo que possa representar a nossa pluralidade e diversidade”, conclui a presidente da comissão científica.