O estudo, realizado entre os anos de 2002 e 2004, avaliou os dados obtidos com 1.441 alunos de escolas públicas do município do Rio de Janeiro. Ao longo de dois anos os pesquisadores efetuaram testes com os estudantes utilizando a tabela de Snellen e detectaram um total de 587 crianças com problemas de visão. Neste grupo, composto por 448 crianças entre 6 e 11 anos e 139 adolescentes entre os 12 e 17 anos, apenas 37 estudantes utilizavam lentes corretoras.
Para os pesquisadores, o estudo demonstrou a necessidade de estabelecer estratégias de rastreamento e correção precoces de problemas de visão, já que comprometem diretamente o desempenho físico e intelectual de crianças e adolescentes. O diagnóstico precoce em escolares permite não apenas o cuidado imediato de um problema de saúde, mas também propicia a melhora no rendimento escolar, na socialização e no desenvolvimento intelectual do aluno.
Três em cada dez estudantes, de cinco escolas públicas do Rio de Janeiro, têm problemas de baixa acuidade visual que podem provocar queda do rendimento escolar e gerar problemas de convívio social. Esta foi a conclusão da pesquisa realizada pela Dra. Denise da Silva Mattos e uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).