Cerca de 400 estudantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) marcharam na manhã da quinta-feira, 08/06, do campus central da instituição até à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) para protestar contra o estado de penúria por que vem passando o principal centro de formação da universidade, o Hospital São Paulo (HSP). Com cartazes e grito de guerras, como “o SUS, o SUS, o SUS é necessário, saúde não é produto pra encher bolso de empresário”, os estudantes reivindicaram uma postura dos parlamentares estaduais até serem recebidos pelo deputado Carlos Neder, para quem entregaram ofício do comando de mobilização sobre a situação do Hospital Universitário. A Abrasco emite nota de apoio e soma-se às manifestações que clamam por respeito e condições de trabalho ao HSP.
A manifestação somou-se a inúmeras outras que denunciam, desde o final de abril, a decisão arbitrária do Ministério da Saúde em suspender a participação do HSP do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários (Rehuf), cortando as verbas orçadas em 44 milhões de reais que mantinham o funcionamento do hospital (Portaria Nº 1.093, de 28 de abril de 2017). Com o corte, a unidade, que atende uma população de mais de 5 milhões de pessoas, fica limitada à condição de manter apenas 200 de seus 740 leitos.
Segundo o diretor-superintendente do hospital universitário, José Roberto Ferraro, em declaração ao portal Jornalistas Livres, “a situação é um descompasso orçamentário grave, chegou a um limite, nisso pedimos um recurso adicional, como muitas outras vezes; e além deste recurso não vir, o Governo Federal cortou outro, então ficou uma situação hipergrave”. Nós vamos lutar, nós vamos buscar orçamento pra funcionar. Mesmo ele cheio, ainda faltam leitos para a população brasileira; imagine ele com metade dos leitos funcionando”, concluiu.
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