1 de setembro de 2013
Quem vai ao VI CBCSHS com trabalho aprovado? Responder a essa pergunta é o objetivo principal da Série Especial “Eu vou com trabalho”, que o Jornalismo Abrasco está desenvolvendo até o dia anterior do evento, que acontece entre 3 e 17 de novembro, no Rio de Janeiro, no Campus Maracanã da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Começamos com Izanir Maria da Silva, estudante do 6º Período de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Acre (UFAC). Hoje, Joálisson Gusmão, estudante de Direito da Universidade Municipal de São Caetano do Sul – SP, é quem está com a palavra.
Abrasco | É a primeira vez que tem trabalho aceito no Congresso? Se sim, dê seu depoimento sobre a expectativa. Se não, conte um pouco de outras experiências.
Joálisson | Minha felicidade se multiplica neste momento, uma vez que não se trata apenas de meu primeiro trabalho aprovado nesse Congresso, como também minha primeira experiência na realização de trabalho científico. Como ainda estou na metade do Curso de Graduação Bacharelado em Direito, o resumo encaminhado (e aprovado), foi fruto de meu primeiro projeto de iniciação científica, iniciado ano passado e concluído ao final do último semestre. Espero que o trabalho apresentado venha a ser bem recebido por aqueles que fazem parte e que prestigiarão as apresentações do grupo temático (GT 32 – Direitos Humanos).
Abrasco | Qual o tema do seu trabalho? Tipo de apresentação?
Joálisson | Meu trabalho abordará um pouco da evolução do tratamento do usuário de drogas no Brasil, sob um viés sociológico. O objetivo é traçar um paralelo das modificações pelas quais passaram a antiga lei de antidrogas, criada sob o regime da ditadura militar, e a atual legislação que aborda o mesmo tema, vigente desde 2006.
Abrasco | Suas expectativas quanto ao evento e ao tema central do Congresso?
Joálisson | Estou ansioso para poder verificar quais foram os resultados das pesquisas desenvolvidas até agora, nas duas grandes áreas reunidas no evento, as quais, mesmo possuindo objetos de pesquisa distintos, encontram-se como ciências afins, estabelecendo relação de dependência.
Abrasco | Como você analisa, ainda estudante (ou profissional), o cenário da Saúde Coletiva brasileira?
Joálisson | Ainda enquanto estudante da ciência jurídica, tive a oportunidade de atuar como monitor educacional na primeira clínica pública destinada ao tratamento de usuários e dependentes de drogas do município de São Paulo, por cerca de três anos. Nas relações que mantive com os usuários do serviço e com os profissionais da área, pude chegar à conclusão de que o cenário da Saúde Coletiva, em nosso país, ainda funciona como paliativo, não sendo suficiente para atender às reais necessidades de nossa população. Essa realidade está instalada de forma generalizada, sobretudo quando se verifica que em um mesmo serviço, não há recursos suficientes para o desenvolvimento de um trabalho de qualidade nem mesmo profissionais com formação e treinamento adequados à demanda.