A participação social e a Reforma Sanitária perderam uma importante voz. Fátima Oliveira veio a falecer na tarde deste domingo, 05 de novembro, em São Luis (MA). Médica e militante feminista e do movimento negro, Fátima foi uma das mais expressivas ativistas brasileiras, com décadas de atuação em defesa da saúde das mulheres, das políticas de atenção integral e do Sistema Único de Saúde.
Integrante de diversas redes, como a Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos e Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe – RSMLAC, Fátima participou de inúmeras atividades sobre Saúde da Mulher no Brasil e exterior. Como pesquisadora e pensadora, Fátima Oliveira abriu um campo de pensamento e estudo ao elaborar teses sobre uma bioética feminista, não racista e não sexista, tendo publicado livros, artigos e mantido por anos colunas em blogs e jornais. Nos últimos anos Fátima voltou a viver na sua cidade natal, São Luis, no Maranhão, após décadas de residência em Minas Gerais, onde atuou como médica do Hospital de Clínicas de Belo Horizonte e dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
O Gedelés Instituto da Mulher Negra fez uma bela homenagem a Fátima, compilando os últimos artigos da escritora na matéria “Fátima Oliveira, uma nova estrela no Orun” -, com os artigos “Sem o SUS, o Brasil retrocederá ao tempo dos indigentes” e “SUS: perspectiva integral e acesso universal e igualitário“.