Nos dias 31 de outubro e 1º de novembro de 2024, o Fórum Nacional de Coordenadores de Pós-Graduação em Saúde Coletiva reuniu 140 participantes na Universidade Estadual do Ceará (UECE), representando 99 programas brasileiros da área, além de autoridades como o diretor de avaliação da CAPES e o diretor científico do CNPq. Organizado em conjunto pelos programas da UECE – Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Programa de Pós-Graduação da RENASF e Mestrado Profissional de Gestão em Saúde – o evento contou com infraestrutura inclusiva, incluindo intérpretes de libras, garantindo acessibilidade e discussões produtivas.
No primeiro dia, um painel sobre “Pós-graduação em saúde coletiva e políticas públicas: sinergias e desafios contemporâneos” discutiu o papel das políticas públicas na ciência e tecnologia, abordando temas como fomento à pesquisa. Bernardo Lessa, coordenador de área da CAPES, destacou a recente mudança de nomenclatura nas subáreas do CNPq como uma resposta a demandas históricas, afirmando que a mudança “atende a uma necessidade antiga da área”.
Assista a transmissão do primeiro dia de atividades:
O segundo dia foi marcado pela apresentação de pesquisas estratégicas. A Profa. Carla Pacheco, do PROFSAÚDE, compartilhou resultados de um estudo sobre os processos formativos dos mestrados profissionais, enquanto a Profa. Carmem Leitão e o Prof. Marcelo Castellanos apresentaram pesquisas sobre Políticas Afirmativas (PAF) nos programas de saúde coletiva. Essas investigações, financiadas pela CAPES, buscam entender e fortalecer a implementação das PAF. “A pesquisa que coordeno não é apenas uma investigação científica; ela também pretende ser um motor de transformação”, destacou Castellanos, que anunciou o movimento “AFIRMAÊ SAÚDE COLETIVA” para engajar a comunidade acadêmica na diversidade e inclusão.
Outro painel abordou a avaliação da CAPES, focando no impacto e nos casos de sucesso dos programas. A Profa. Elyne Engstrom apresentou dados de uma sondagem sobre percepções dos coordenadores, destacando a necessidade de avançar na avaliação de qualidade e não apenas quantidade, um princípio já incorporado na nova ficha de avaliação que valoriza autoavaliação e planejamento estratégico dos programas.
Assista a transmissão do segundo dia de atividades:
As discussões em grupos de trabalho enfatizaram a necessidade de maior interlocução do Fórum com o CNPq e a CAPES, defendendo a distribuição equitativa de recursos e transparência nas atividades do CA de Saúde Coletiva. O evento também elegeu novos membros para o colegiado gestor, reforçando a inclusão com representantes da região Norte e uma gestora negra.
Ao fim, o Prof. Marcelo Castellanos, coordenador do Fórum, refletiu sobre o fortalecimento do Fórum durante os desafios enfrentados nos últimos anos. “Espero ter contribuído para um Fórum participativo e acolhedor à diferença”, disse Castellanos, reforçando o compromisso com a trajetória da Saúde Coletiva.