NOTÍCIAS 

Frente Pela Vida denuncia calamidade sanitária e apela a organismos internacionais

Bruno Cesar Dias, com informações da Ascom/CNS

Salão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, órgão ao qual a Frente interpela por uma manifestação em prol da vida de brasileiros e brasileiras- Foto: Jean Marc Ferré/ONU

Diante da calamidade pública que vive o país, a Frente Pela Vida acionou nesta semana a Organização Mundial de Saúde (OMS/WHO) e o Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (OHCHR-UN), apelando para que alertem o governo brasileiro quanto às consequências, no plano nacional e internacional, da descoordenação das ações de Saúde Pública e do descontrole da pandemia de Covid-19.

Em cartas encaminhadas a Harsh Vardhan e Tedros Adhanom Ghebreyesus, respectivamente, Presidente do Conselho Executivo e Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO), e a Michelle Bachelet, Alta Comissária dos Direitos Humanos, a Frente e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) destacam que a pandemia no Brasil tornou-se uma ameaça à saúde global. As cartas levam um apelo para que se exija do governo brasileiro o cumprimento dos tratados e das resoluções internacionais dos quais a nação é signatária.

A missiva à OMS foi oficialmente entregue ontem (08/03) por Fernando Pigatto, presidente do CNS, a Socorro Gross, representante da Organização Panamericana de Saúde no Brasil, em Brasília, que a fará chegar aos altos dirigentes desse importante órgão da governança internacional.

“O Brasil se tornou o epicentro da pandemia e o governo precisa ser responsabilizado. O que se faz ou deixa de fazer aqui gera consequências de vida ou de morte para o nosso povo e para a população da América Latina e do mundo”, afirmou Pigatto.

Fernando Pigatto, presidente do CNS, entregou a manifestação oficialmente a Socorro Gross, representante da OPAS/OMS no Brasil – Foto: Ascom/CNS

A representante da Opas/OMS apontou preocupações com o momento. “Os dados que temos em relação ao que aconteceu na Europa e Estados Unidos mostram que o impacto na transmissão e na hospitalização é maior que na primeira e, por isso, pensamos que as medidas deve ser extremas, tanto de distanciamento, do uso de máscaras, de evitar aglomerações, uso de álcool gel e lavagem das mãos”, ressaltou Socorro confirmando que o documento será encaminhado aos dirigentes da OMS.

Os posicionamentos se coadnuam aos de Tedros Adhanon. Em coletiva de imprensa, realizada no último dia 5, o diretor-geral da OMS considerou a situação da pandemia no Brasil é “muito preocupante” e pediu que o governo federal tome “medidas agressivas” de saúde pública. Com a carta, a Frente Pela Vida apoia tal chamamento e ressalta a necessidade de ações ainda mais enérgicas. Confira a Carta encaminhada à OPAS e à OMS

+ “Saúde pública não é custo, mas sim investimento em estabilidade social, política e econômica”, disse Tedros Adhanom na abertura do Ciclo de Debates Pré-EPI 2021

A carta ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas também foi encaminhada no dia 8 à Federação Mundial das Associações de Saúde Pública (WFPHA), que representa as associações nacionais de saúde pública, como a Abrasco, junto aos organismos multilaterais, para ser oficialmente entregue ao Escritório do Alto Comissariado do Conselho, sediado em Genebra.

“O descontrole da pandemia no Brasil atinge não apenas os que aqui residem, mas ameaça o mundo todo com a disseminação de novas variantes do vírus. A OMS e o Conselho dos Direitos Humanos da ONU não podem intervir diretamente no país, mas devem alertar o governo para as possíveis retaliações que o Brasil pode sofrer por desrespeitar as normas sanitárias internacionais e os direitos humanos”, diz Luis Eugenio de Souza, vice-presidente eleito da Federação Mundial das Associações de Saúde Pública (WFPHA) e integrante do atual Conselho da Abrasco, um dos responsáveis por esta ação de caráter emergencial. Confira a Carta encaminhada ao Alto Comissariado dos DH da ONU

+ “Seguimos resistindo”, diz Michelle Bachelet na abertura do Abrascão 2018

Associe-se à ABRASCO

Ser um associado (a) Abrasco, ou Abrasquiano(a), é apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, mas também compartilhar dos princípios da saúde como processo social, da participação como radicalização democrática e da ampliação dos direitos dos cidadãos. São esses princípios da Saúde Coletiva que também inspiram a Reforma Sanitária e o Sistema Único de Saúde, o SUS.

Pular para o conteúdo