No dia 14 de agosto, representantes da Frente Pela Vida se encontraram com integrantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Alexandre Padilha, Ministro de Estado da Secretaria de Relações Institucionais para a entrega de dois documentos . A presidente da Abrasco, Rosana Onocko, esteve presente na reunião. O material entregue aos Ministros e representantes dos Ministérios manifesta preocupação em relação à políticas de austeridade na saúde e educação, ao encarceramento em massa e pedem por mais celeridade na responsabilização dos culpados pelas mais de 700 mil mortes causadas pela má gestão da pandemia de Covid-19.
Para Rosana Onocko, os encontros são para garantir que as promessas eleitorais sejam cumpridas: “Uma preocupação da Frente é em relação à articulação política, a governabilidade e futura aprovação do arcabouço fiscal. Acreditamos que as futuras movimentações devem levar em conta a necessidade de se cumprir as promessas feitas, que incluem a defesa do SUS, seu financiamento adequado os direitos sociais e a vida da população, principalmente das parcelas mais vulneráveis”, afirma a presidente da Abrasco e representante da Frente Pela Vida.
À luz de operações policiais cada vez mais violentas, que deixam entre suas vítimas crianças, adolescentes e trabalhadores, a carta entregue ao Ministério da Justiça contesta as políticas neoliberais herdadas pelos governos anteriores e aponta o aumento da violência policial como um sintoma. O documento solicita urgência na promoção de uma reforma das polícias e propõe caminhos para a diminuição da violência de estado e extermínio da população vulnerável.
No documento, a Frente Pela Vida afirma que a violência policial pode e deve ser combatida com treinamentos, câmeras, investigações das corregedorias e reforça a importância de estímulo, liderança e coordenação federal nesse combate. O documento também solicita celeridade na responsabilização dos culpados pelas mais de 700 mil mortes causadas pela má gestão da pandemia de Covid-19.
O documento entregue ao Ministro Alexandre Padilha trata da possibilidade de redução ou extinção dos pisos constitucionais previstos para áreas como saúde e educação e da possibilidade do estabelecimento de tetos para investimentos nas áreas de saúde e seguridade social. A carta pede ainda uma reforma redistributiva e de políticas macroeconômicas que garantam o provimento dos recursos necessários à saúde e demais áreas da seguridade social.