O portal G1 publicou no último sábado (22/09) uma linha do tempo relembrando a publicação da Constituição do Brasil, aprovada em 22 de setembro de 1988, há exatos 30 anos. Gastão Wagner, presidente da Abrasco (2015-2018) e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) falou sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), criado pela Constituição. Antes da criação do SUS a população não tinha acesso a hospitais públicos, as pessoas recorriam às santas casas e outras entidades filantrópicas. Leia trecho da matéria:
A Constituição criou o Sistema Único de Saúde (SUS), com a universalização do atendimento gratuito para todos os cidadãos, desde uma simples avaliação da pressão arterial até o transplante de órgãos.
Foi considerado um grande avanço porque, até então, somente os trabalhadores vinculados à Previdência Social tinham acesso ao serviço público de saúde. O restante da população precisava recorrer a santas casas ou a outras entidades filantrópicas.
“O SUS é a única estrutura que articula todos os entes federativos. E funciona enquanto máquina organizativa. Tem problema de dinheiro e de alcance, mas, como sistema, funciona muito melhor do que educação e segurança pública, que são desarticulados”, afirma Azevedo Marques, da USP.
“O SUS é um patrimônio do Brasil. Ao mesmo tempo, tem problemas crônicos em razão do financiamento insuficiente e gestão inadequada, o que gera filas e heterogeneidade na oferta de atendimento.”