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Gastão Wagner e Lígia Bahia declaram à revista Valor Saúde que PEC 241 trará repercussões gravíssimas no SUS

Hara Flaeschen sob supervisão de Vilma Reis

A edição de outubro de 2016 da revista Valor Saúde entrevistou Gastão Wagner, presidente da Abrasco, para a matéria “Setor em estado de alerta – Redução de recursos agrava a situação do serviço público e aumento do desemprego reduz o tamanho do sistema privado de saúde”. O texto da jornalista Simone Goldberg abordou a recessão econômica e as manobras do governo federal para a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 241 que, se aprovada, determinará um teto de gastos públicos para a saúde.

Entidades como a Abrasco, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) , Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Nacional de Saúde (CNS), entre outras, vêem na iniciativa grande prejuízo ao SUS, que sofre há anos com subfinanciamento.  Veja trecho com fala de Gastão:

“Somos favoráveis ao equilíbrio fiscal, mas sem preservar a saúde a PEC 241 trará repercussões gravíssimas”, alerta o presidente da Abrasco, Gastão Wagner. Ele diz que a saúde pública precisa, no curto prazo, de pelo menos R$20 bilhões a mais. E o teto de gastos aprofundará a penúria de hospitais e afetará a produção e distribuição de vacinas,como começou a acontecer em 2015. A gestão do SUS, observa, é prejudicada por indicações político-partidárias e pelo modelo fragmentado do sistema. Uma solução seria implantar as regiões de saúde, cada uma atendendo a cerca de um milhão de pessoas. “Elas não foram implantadas, porque reduziriam a autonomia de prefeitos e governadores”.

Lígia Bahia, membro da Comissão de Política, Planejamento e Gestão da Abrasco também foi entrevistada. Leia trecho:

O envelhecimento populacional, um dos fatores para essa subida no ranking, reforça a preocupação com a falta de recursos suficientes para a saúde. “Nenhum país deixa de considerar as tendências populacionais na definição dos orçamentos para a saúde”, diz Lígia Bahia, professora de saúde coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  […] “Para que o SUS fosse financiado adequadamente seria necessário reverter o enorme montante de subsídios, isenções fiscais e gastos públicos diretos que financiam o setor privado.”

Leia, aqui, matéria completa. 

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