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Rosana Onocko e Gastão Wagner participam de mesa sobre saúde mental nos casos de machismo, racismo e fobia LGBTTQI

Hara Flaeschen sob supervisão de Vilma Reis

Edimilson Montalti – ASSCOM Faculdade de Ciências Médicas da Universidade  Estadual de Campinas – FCM/Unicamp 

O Programa de Residência em Saúde Mental e Saúde Coletiva da Unicamp realizou na sexta-feira (1), no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), o seminário “Racismo, machismo, LGBTTQI+fobia: Atravessamentos no campo da saúde mental”.  De acordo com texto escrito por Sulamita Gonzaga e lido durante a abertura do evento por Jaime Leite Júnior, ambos alunos do programa de residência em saúde mental e saúde coletiva, “ao nos depararmos com as demandas no cotidiano nos serviços de saúde, percebemos que a teoria que sustenta a nossa prática é insuficiente diante de uma realidade social que oprime e contribui para diversos adoecimentos de grande parte da população”.

A primeira mesa-redonda contou com a participação de Emiliano de Camargo David, Valeska Zanello e Regina Facchin. Emiliano de Camargo David, professor e pesquisador da PUC-SP, disse que a veiculação entre loucura e povo negro é histórica no Brasil e que a psicopatologização do negro foi mudando ao longo das décadas de acordo com contextos políticos e sociais. De acordo com Emiliano, independente da proposta, período, forma ou ação, o escopo central dessas práticas tem sido o controle social a partir da interseccionalidade entre raça e cor, classe social e gênero.

“O crioulo doido e a nega maluca foram invenções do racismo brasileiro. Desde o regime escravocrata até a contemporaneidade se concebe a ideia de que negros e negras são doidos. Hoje, há o genocídio da população preta, pobre e periférica que acontece numa suposta guerra às drogas , no combate ao crack”, disse Emiliano.

A mesa de abertura contou com a participação de Rosana Onocko Campos, coordenadora da Residência Multiprofissional de Saúde Mental da Unicamp; Gastão Wagner de Sousa Campos, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva que apoiou o evento; Francisco Hideo Aoki, coordenador da Comissão de Extensão da FCM e Milena de Oliveira, representante do Núcleo de Consciência Negra da Unicamp.

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