As diferentes formas e práticas desempenhadas e desenvolvidas atualmente na gestão do Sistema Único de Saúde estiveram no centro do debate do seminário Modelos de Gestão e Atenção no SUS: desafios e perspectivas. As atividades aconteceram na capital paulista, na segunda-feira, 15, e em Campinas, no dia seguinte (16) e contaram com a participação, dentre outros docentes, de Gastão Wagner de Sousa Campos, presidente da Abrasco e docente do departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (DSC/FCM/Unicamp) e Luiz Carlos de Oliveira Cecílio, professor do departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Confira a cobertura da atividade realizada na Unicamp abaixo na íntegra ou acesse no link original.
Desafios e perspectivas no modelo de gestão e atenção no SUS
Por Edimilson Montalti, da ASCOM FCM/Unicamp
A Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp sediou, nessa terça-feira (16), o seminário “Modelo de Gestão e Atenção no SUS: Desafios e Perspectivas”. O evento aconteceu no auditório da faculdade e foi organizado e coordenado pelo professor do Departamento de Saúde Coletiva da FCM e presidente da Abrasco, Gastão Wagner de Sousa Campos. “No Brasil, 80% das pesquisas em saúde pública são financiadas por organismos públicos. A pesquisa teve apoio do PPSUS, CNPq, Fapesp e envolveu vários pesquisadores da Unicamp e do hospital Mário Gatti”, revelou Gastão.
De acordo com o médico Marcos Eurípedes Pimenta, diretor do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, da Prefeitura Municipal de Campinas, foi importante participar desse estudo e fazer uma reflexão sobre maneiras de utilizar melhor os recursos físicos e humanos no atendimento ao paciente SUS. “Não temos dúvidas que esse processo todo de repensar a maneira de cuidar o paciente será proveitosa para qualificar a assistência. O desafio é transpor, rapidamente, o discurso acadêmico para a prática”, disse Marcos.
A Coordenadora do Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde (CETS) da Prefeitura Municipal de Campinas, Alóide Ladeia Guimarães, reconhece que o serviço é o lugar de produção de conhecimento ao investigar o que é feito e apontar fragilidades e potencialidades. “Quando a academia propõe a devolutiva da pesquisa junto ao serviço público de saúde, podemos testar novas formas para melhorar o atendimento de saúde no município”, comentou Alóide.
O chefe do Departamento de Saúde Coletiva da FCM, Edison Bueno, ressaltou que mais que aprofundar o conhecimento é necessário “ajudar e superar os desafios que a sociedade tem com relação à saúde”. O diretor da FCM, Ivan Felizardo Contrera Toro, disse que a faculdade sempre estará aberta a novos projetos de pesquisa e apoiará parcerias e ações de treinamento. “A melhoria da gestão da saúde pública é fundamental para garantir o investimento destinado à saúde do país”, disse Toro.
Na parte da manhã, a primeira mesa redonda foi “Construindo possibilidades ampliadas de gestão e atenção à saúde: alguns caminhos”, com a participação Luiz Carlos de Oliveira Cecílio, Docente do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp.
Na parte da tarde, as pesquisadoras do Coletivo de Estudos e Apoio Paideia e doutorandas em Saúde Coletiva do Departamento de Saúde Coletiva da FCM, Cristiane Pereira de Castro e Juliana Azevedo Fernandes e a mestre em Saúde Coletiva pelo Departamento de Saúde Coletiva da FCM e pesquisadora do hospital Mário Gatti, Renata Lucia Gigante, apresentaram os resultados da pesquisa “Investigação sobre cogestão, apoio institucional e apoio matricial no SUS”.
O seminário foi organizado em conjunto com o grupo de pesquisa Coletivo de Estudos e Apoio Paidéia; com o Centro de Educação dos Trabalhadores de Saúde de Campinas da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas; com o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti e Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo – Coordenadoria Norte e com o apoio da Diretoria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.