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Gastão Wagner: “SUS é patrimônio do Brasil”

Hara Flaeschen sob supervisão de Vilma Reis

Gastão Wagner – Foto: Abrasco

O portal G1 entrevistou Gastão Wagner, professor da Unicamp e presidente da Abrasco (2015-2018) sobre os gastos públicos com saúde no Brasil. Dados divulgados pelo Banco Mundial, coletados em 2015, mostram que  o Brasil está relativamente acima da América Latina e Caribe: o país investiu 3,8% do PIB na saúde, enquanto a região investiu 3,6%. Mas, quando comparado aos países desenvolvidos, que aplicam cerca de 6,5% do PIB na área, é muito baixo.

Em um ranking que considera 183 países, o Brasil ficou na 64ª posição em gastos com Saúde. A Emenda Constitucional 95, antes chamada PEC do Teto de Gastos – ou PEC da morte, congela o investimento na saúde pelos próximos 20 anos, o que dificultará o crescimento do Brasil nesta tabela. Confira trechos da matéria:

Sistema Único de Saúde

Em sua página na internet, o Ministério da Saúde informa que o Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, “abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Básica, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país”.

“Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde”, diz o governo.

A criação do SUS aconteceu por meio da Constituição de 1988. Foi considerado um grande avanço porque, até então, somente os trabalhadores vinculados à Previdência Social tinham acesso ao serviço público de saúde. O restante da população precisava recorrer a santas casas ou a outras entidades filantrópicas.

Para Gastão Wagner, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o SUS é um patrimônio do Brasil. “Ao mesmo tempo, tem problemas crônicos em razão do financiamento insuficiente e gestão inadequada, o que gera filas e heterogeneidade na oferta de atendimento”, declarou ele, recentemente.

Pesquisa divulgada recentemente mostra que 75,3% dos idosos dependem exclusivamente do serviço do Sistema Único de Saúde (SUS), e que 83,1% fizeram ao menos uma consulta médica nos últimos 12 meses – considerando também a rede privada.

Leia matéria completa aqui. 

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