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Graduações em Saúde Coletiva alcançam boa avaliação em processo de reconhecimento

Junte projetos pedagógicos ricos em propostas interdisciplinares e adequados aos parâmetros curriculares; corpos docentes qualificados mais processos de integração de alunos às atividades de pesquisa e extensão e ambientes em boas condições de infraestrutura. Este vivo cenário acadêmico dos cursos de graduação em Saúde Coletiva vem sendo vistoriados pelo Inep e alcançado as maiores notas no processo de reconhecimento de cursos do Ministério da Educação. Recentemente avaliados, os cursos das universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), Mato Grosso (UFMT) e Rio Grande do Sul (UFRGS) receberam conceito 5 e o da Federal do Paraná (UFPR) conseguiu a nota 4. Os próximos a serem visitados serão os das Federais do Acre e da Bahia (UFAC e UFBA, respectivamente).

Devido à recente implantação, foi a primeira visita técnica realizada pelo Inep nas graduações do campo. O processo de reconhecimento ocorre conforme as normas determinadas na Portaria Normativa nº 40, de 12 de dezembro de 2007, e acontece quando o curso alcança mais de 50% de sua carga-horária. O processo é fundamental para a validação dos diplomas oferecidos pelas instituições. O último curso visitado foi o da UFPR, em 16 e 17 de setembro.

Territorialidade e interdisciplinaridade: “Os avaliadores entenderam e destacaram no relatório final a proposta de desenvolvimento territorial de nosso projeto pedagógico, vinculado ao campus onde estamos localizados”, diz a professora Suzane Oliveira, coordenadora da graduação em Saúde Coletiva da UFPR Litoral. Instalado na cidade de Matinhos, o curso desenvolve frequentes atividades de extensão nas temporadas de verão, como o “Educação e Saúde na Praia”, realizada em 2011, e o programa Saúde na Escola, desenvolvido atualmente em três diferentes municípios da região. (foto ao lado) “Essa particularidade oferece um grande potencial de estudos”, comenta Suzane. A UFPR Litoral não conta com pós-graduação na área.

Grupos de pesquisa, programas e atividades relacionados à vigilância sanitária, movimentos sociais, investigação em populações de rua e usuárias de drogas, gerência e recursos humanos e educação pelo trabalho em saúde foram os principais destaques na avaliação do curso oferecido no ISC/UFMT. A visita aconteceu em 12 e 13 de agosto e foi recepcionada pela professora e coordenadora Alba Regina Silva Medeiros. “Tantas atividades advém de um trabalho de 20 anos iniciado pelo nosso programa de pós-graduação e que ampliou para a graduação com a sua criação. Esses projetos mantêm viva esta interdisciplinaridade e a articulação entre as áreas acadêmicas e núcleos de pesquisa”, afirma Alba Regina.

Corpo docente e projeto político-científico: Outro destaque da UFMT é a qualidade do corpo docente. Com 27 profissionais, são três pós-doutores, dez doutores, 12 mestres e dois especialistas, todos com carga-horária (efetiva ou contratada) de 40 horas. Do total, 75% possui experiência profissional anterior com mais de dois anos de docência e alta produção científica, com uma média de cinco artigos nos últimos três anos.

A excelência docente também foi uma marca apontada na avaliação da graduação do IESC/UFRJ. “A relação entre número de discentes e docentes, atualmente com 116 alunos para 39 docentes, foi considerada excelente. Destacou-se a qualificação e a produção científica do corpo docente, a maioria com doutorado, envolvidos em projeto de pesquisa e com um número satisfatório de artigos publicados em periódicos”, explica professora doutora Miriam Ventura, diretora do curso. O processo de avaliação se deu no período entre 3 e 6 de setembro de 2013 e alcançou a nota máxima.

A qualidade dos corpos docentes, segundo a professora Marta Júlia, diretora da curso da UFGRS, resulta necessariamente na boa avaliação das propostas curriculares. A graduação gaúcha foi avaliada em maio e, meses depois, teve oficializada a denominação de curso de Saúde Coletiva. “É um processo que viabiliza a construção de diretrizes curriculares próprias e consequente consolidação da área de conhecimento. Em nossa avaliação, foi ressaltada a proposta curricular inovadora, com estimulo ao uso de metodologias ativas, adoção de tutoria coletivas e o uso de portfólios para vivências ao longo do curso”.

Ao receberem a visita técnica do Inep, a comunidade acadêmica e seus colegiados aproveitaram a oportunidade para além dos aspectos restritos à avaliação institucional e da validação de diplomas. Na UFRJ, o processo serviu como estímulo para pensar o que pode e deve ser melhorado. “As observações das avaliadoras foram importantes para reforçarmos os pontos fortes e buscarmos melhoria naqueles itens em que não fomos tão bem avaliados, como a oferta e sistematização dos projetos de extensão e as deficiências de infraestrutura local”, destaca a professora Miriam Ventura.

Na UFPR, aprofundou o exercício científico e político da participação do curso nos fóruns e espaços nacionais do campo de conhecimento. “Foram dois dias cheios, fiquei em função da visita, mas foi um processo muito feliz. Na apresentação e no debate com as avaliadoras, percebi como a participação no Fórum de Graduação em Saúde Coletiva e toda a troca de informações e saberes entre coordenadores e representantes fortalece a produção científica e acadêmica aqui desenvolvidas e aponta para eixos programáticos e curriculares em comuns”. Sinal de que o trabalho das graduações em Saúde Coletiva está no caminho correto.

 

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