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GT de Saúde e Ambiente avança nas definições do II Sibsa, no VI CBCSHS

A articulação entre os saberes e práticas da academia e dos movimentos sociais estará em toda a construção do II Simpósio Brasileiro de Saúde e Ambiente (II Sibsa). Esta é uma das deliberações que o Grupo Temático de Saúde e Ambiente (GTSA) aprofundou em seu encontro durante o mini-congresso da Abrasco.

Membros da direção nacional do Movimento Sem Terra (MST), do Movimento Nacional dos Catadores, da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, da Articulação Nacional de Agroecologia e do Movimento Nacional da Reforma Urbana estarão presentes nas atividades do GTSA durante o Congresso de Ciências Sociais e Humanas em Saúde e indicarão nomes para a Comissão Científica do evento. O tema do congresso será Desenvolvimento e conflitos territoriais: ciência e movimentos sociais para a justiça ambiental em políticas públicas e contará com três eixos temáticos.

“Queremos desmontar o modelo de uma comissão científica que define as mesas e chama os movimentos para uma fala para fazermos esse diálogo anteceder o evento para construirmos juntos essa relação e trasladar o que produzimos na academia e, ao mesmo tempo, aprender com os movimento oque a realidade coloca na vida cotidiana e seus impactos ambientais no Brasil e na América Latina, trazendo uma informação qualificada”, destacou Hermano Castro, diretor da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) e presidente do II Simpósio.

Para a pesquisadora Raquel Rigotto, da Universidade Federal do Ceará (UFC), a metodologia escolhida evidencia o reconhecimento de que o Estado é promotor de um modelo de desenvolvimento e que cabe à sociedade civil organizada fazer a crítica e apresentar alternativas. “Esse nosso diálogo pode ser um espaço troca para avançarmos numa nova perspectiva de ciência e fortalecimento dos movimentos sociais para a resistência desse modelo.”

Próximas ações: Uma das ideias para a construção dos seminários preliminares é articular os debates com a visita aos territórios em conflitos ambientais. A primeira incursão será no sábado, 16, com uma ida de membros do GTSA ao bairro de
Santa Cruz, que vem sofrendo com os impactos negativos da Thyssenkrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TK-CSA – foto) na região, e o diálogo com os moradores.

Outra atividade será uma oficina realizada em articulação com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) para sistematização de todas as propostas já feitas pela sociedade civil nos diversos fóruns de participação social já realizados, como as conferências nacionais, para a definição de um plano de ação. A reunião será na próxima segunda-feira, 18, em Brasília. A coordenação pela Abrasco será feita pelo professor Fernando Carneiro, da Universidade de Brasília (UnB).

O GTSA definirá ainda eixos para a construção de um plano diretor de saúde e ambiente, voltado para instrumentalizar ações da área nos diversos níveis de gestão e a elaboração de um livro que traga temas para o debate do ensino médio  à pós-graduação.

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