Em momento de grande produção, o Grupo Temático Educação Popular em Saúde da Associação Brasileira em Saúde Coletiva (GTEdPop/Abrasco) chega ao mês de dezembro com trabalhos finalizados e novos caminhos abertos. Fruto das atividades e reflexões tratadas ao longo dos últimos encontros, o GT dá visibilidade para seu relatório de gestão do ano de 2017 e lança a chamada pública para novo livro eletrônico.
Docente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), um dos coordenadores do GT, Pedro Cruz explica que tais contribuições somam tanto ao campo da Saúde Coletiva como ao da Educação popular como um todo. “Historicamente, o campo da saúde tem contribuído para as realizações em Educação Popular em geral, com experiências nas quais o agir educativo e comunicativo é pautado junto com a construção de vínculos afetivos, como amorosidade, construção compartilhada e valorização dos saberes populares. As ações atuais do GT buscam contribuir tanto nesse sentido como garantir a mobilização permanente e a capacidade de resistência e de proposições dos movimentos e das práticas de educação popular em saúde brasileiras diante da realidade e seus desafios”, explica ele, também integrante da Comissão de Ciências Sociais e Humanas em Saúde da Associação e que receberá na sua instituição o 8º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde.
Há também uma legítima preocupação com a construção da memória associativa “O relatório também contribui por registrar e descrever os caminhos do GT, permitindo o diálogo com outras experiências, grupos e coletivos, bem como a socialização de nossas ações e pautas para os/as associados (as) da Abrasco, seus GTs, comissões e Diretoria. Quando isso não é feito, pesquisadores e gestores de grupos como esse precisam ser hercúleo trabalho de resgate das memórias individuais e coletivas para reconstituição do que foi feito. Nossa contribuição com este relatório é construir parte dessa memória de forma organizada, coletiva e vinculada ao conjunto da história das ações da Abrasco”, complementa.
Já a chamada pública visa incentivar a produção técnico-científica na área, na perspectiva de construir referencial teórico-metodológico para a reorientação da formação, da participação social e da atenção à saúde na perspectiva da integralidade e valorização dos usuários, entendendo esses elementos como centrais para o fortalecimento e consolidação do SUS. Serão aceitas produções textuais de diferentes dimensões, como artigos, relatos, poesias, pesquisas, depoimentos ou reflexões teóricas, desde os que tem como objetivo contemplar os estudos e demais produções científicas na área da Educação Popular em Saúde integradas ao SUS, a aqueles que tem como objetivo relatos mais íntimos e autênticos do educador ou educando na experiência em Educação Popular em saúde e seus princípios.
“Nosso campo aprimorou um fazer o trabalho social com as pessoas e a comunidade, ao mesmo tempo denunciando e desconstruindo práticas onde se fazia o trabalho social sobre, para ou apesar da comunidade e das pessoas. Esse processo de construção compartilhada do conhecimento e da ação social consistiu em um marco fundante do nosso movimento. Queremos ver essas marcas na nova publicação, que chegará ao público o no formato e-book”, conclui Pedro Cruz.
O prazo para envio das contribuições é até 31 de março de 2019. As especificações para a coletânea “Educação Popular em Saúde”, podem ser acessadas no edital – Clique e acesse. Acesse também os arquivos na página de documentos do GT Ed.Pop/Abrasco. Para outras informações, escreva para: livroeducacaopopular2019