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Gulnar Azevedo e Silva faz defesa de memorial e é promovida a professora titular da UERJ

Vilma Reis com informações de Flaviano Quaresma

A presidente da Abrasco Gulnar Azevedo e Silva defendeu Memorial Acadêmico para promoção a Professora Titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ no passado 28 de janeiro, no auditório do Instituto de Medicina Social onde é diretora, pesquisadora e professora. Gulnar é médica, com mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e doutorado em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo – USP. É professora do Departamento de Epidemiologia do Instituto de Medicina Social e foi coordenadora de prevenção e vigilância do Instituto Nacional de Câncer – INCA entre outubro de 2003 e setembro de 2007. Desenvolve pesquisas dentro das áreas de epidemiologia do câncer e fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis.

A banca examinadora contou com a participação de: Nísia Trindade Lima – Socióloga e presidente da Fundação Oswaldo Cruz; José Eluf Neto – professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo; Maria Teresa Bustamante Teixeira – professora do Programa de Pós-graduação em Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora e do Mestrado profissional em Saúde da Família; Luiz Antonio Bastos Camacho – pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz e ainda Rosely Sichieri – Professora Titular do Departamento de Epidemiologiado  Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Em sua conclusão, Gulnar pontuou que por caminhos nem sempre diretos, sua trajetória seguiu entre a possibilidade de contribuir com conhecimento científico na área de epidemiologia e poder ver traduzido e aplicado este conhecimento na qualificação das ações de saúde pública: “A minha vida acadêmica sempre foi marcada pelo grande interesse em aprofundar a compreensão sobre processos que envolvem os efeitos das desigualdades no risco de adoecer e, assim como de ter acesso aos serviços de saúde. No meu caso, o câncer acabou tendo prioridade pela vivência profissional. Embora o meu interesse pela pesquisa e pela vida acadêmica tenha tomado grande parte do me tempo, ele nunca se descolou da vontade de pôr em prática o que essas pesquisas vinham me mostrando”, disse.

Ao longo de sua apresentação, Gulnar chamou atenção para a busca profissional voltada para mudanças nas políticas e serviços de saúde que pode ter limitado a produção científica: “Chego aqui com a certeza de que produzir mais cientificamente não me tornaria mais feliz. Tenho consciência de que, mesmo com todos os problemas e frustações e até mesmo com todas as pedras no meio do caminho, tive alguma contribuição na formação de pessoas e acho que, de certa forma, passei para elas o sentido de ser sanitarista e a necessidade de defender o SUS com ações políticas, com pesquisa e com a docência. Termino com a convicção de que este é o único caminho para assegurar que todos os brasileiros tenham direito à saúde”, conluiu.

Professor Titular é a categoria mais elevada da carreira docente universitária no Brasil. Antigamente, era chamado de lente (do termo latino legente, “que lê”). Somente podem se inscrever os detentores do título de doutor, bem como pessoas de notório saber. Pela Deliberação 01 de 2017, a UERJ cria as normas para a promoção a essa categoria, dentre as quais é central a defesa de um memorial com a descrição de toda a trajetória acadêmica do candidato. No IMS, as trajetórias de nossos docentes promovidos a Professor Titular, como demonstram seus memoriais, são de extrema relevância para o ensino e pesquisa da saúde coletiva do país.

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