“As mulheres pesquisadoras, as trabalhadoras da saúde mostraram o seu papel. Mesmo tendo que se dividir entre o trabalho e o cuidado dos filhos e dos idosos, não fugiram à luta. Muitas foram vitimadas pela doença. Essas mulheres, verdadeiras guerreiras, merecem todo o nosso respeito”, afirmou Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Abrasco entre 2018 e 2021, durante a cerimônia de entrega do Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, na manhã de 11 de fevereiro.
Gulnar é epidemiologista, professora do Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro(IMS/Uerj), e foi contemplada na área de Ciências Biológicas e da Saúde, na condecoração concedida pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O prêmio é um símbolo de reconhecimento de sua atuação científica e política, sobretudo diante da pandemia de Covid-19: ela liderou a Abrasco no processo de, juntamente com outras entidades científicas da saúde, construir a Frente Pela Vida. “Entendo que este prêmio traz a marca da resistência e estendo o seu significado para todas as companheiras sanitaristas, colegas pesquisadoras e professoras”, comentou.
Ela pontuou, ainda, que a pandemia não acabou, e que, para sair da crise sanitária e política em que o Brasil está mergulhado, num projeto de reconstrução do país, a voz e a força das mulheres são essenciais: “Queremos uma nação com oportunidades e direitos iguais para todas e todos. Não desistiremos, seguiremos lutando”. Além de Gulnar, foram homenageadas também Nilma Lino Gomes, professora emérita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, pela área de Humanidades; e Beatriz Leonor Silveira Barbuy, professora titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo, pela área de Engenharias, Exatas e Ciências da Terra.
Leia o discurso completo de Gulnar Azevedo e Silva
A data do evento foi escolhida em celebração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Unesco. Assista à cerimônia completa: