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Hernan Chaimovich é empossado na presidência do CNPq

Bruno C. Dias com agências de notícias

Citado desde o início do ano e oficializado em 10 de fevereiro, Hernan Chaimovich foi empossado no cargo de presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por Aldo Rebelo, ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), na última terça-feira, dia 24, em Brasília. Chaimovich sucedeu o biofísico Glaucius Oliva, que estava à frente da agência desde 2011.

Graduado em Bioquímica pela Universidade do Chile em 1962 e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), com pesquisas dedicadas ao estudo de sistemas biomiméticos, em particular estrutura de micelas e vesículas e catálise micelas e enzimática, Chaimovich ingressou no corpo docente do Instituto de Química (IQ-USP) em 1984. Nesta universidade, foi chefe do Departamento de Bioquímica e diretor do Instituto de Química, além de pró-reitor de Pesquisa.

Chaimovich possui também experiência e bagagem na política científica. Foi vice-presidente do International Council for Science, presidente da InterAmerican Network of Academies of Science (IANAS) e membro do Conselho Editorial de Ciência e Cultura da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Atualmente, era vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e coordenador do programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), cargos que deixou para assumir o comando da principal fundação pública responsável pela financiamento e articulação da produção científica nacional.

Em seu discurso de posse, enumerou uma série de princípios que irão orientar seu modelo de gestão. Nas suas palavras, a instituição de fomento “deve financiar, exclusivamente, o que apenas o CNPq pode financiar com excelência na análise de mérito e na avaliação de impacto, sempre observando os códigos de conduta que devem caracterizar a ética pública”.
Destacou também a necessidade de cada instituição de pesquisa concentrar esforços em suas áreas para que “cumpram, efetivamente, o seu papel essencial no desenvolvimento sustentável e socialmente justo do País”. “Se cada órgão focar no que apenas ele pode fazer, ou no que faz de melhor, a execução de projetos nacionais e utilização de recursos públicos pode ser otimizada”, defendeu.

Aprendizado e orçamento: Em entrevista ao Jornal da Ciência, órgão da SBPC, Chaimovich abordou outros aspectos que quer imprimir ao CNPq. Apesar de relembrar que nunca esteve à frente de órgãos públicos, encara com naturalidade este aprendizado e buscará, inicialmente, entender o funcionamento da máquina, principalmente no que tange a questões de financiamento; “O orçamento é uma peça que leva um tempo para se transformar em recursos executáveis. Isso é uma coisa que estou começando a entender. Uma coisa é o orçamento, outra é a transformação do orçamento em recursos, uma passagem que precisa ser negociada passo a passo”. O cientista destacou também que pretende retomar o princípio da fundação da agência, criada pelo Almirante Álvaro Alberto em 1951. “Meu projeto é transferir a ideia da essencialidade da pesquisa básica, tecnológica e inovação para o desenvolvimento do País”, disse Chaimovich.

Neste sentido, o cientista afirmou na cerimônia de posse que os recursos do programa Ciências Sem Fronteiras poderão não ser mais oriundos da agência. “É possível negociar que parte do esforço imenso do Ciências sem Fronteiras não seja financiado por fontes que venham do CNPq, mas por outras fontes de recurso”, conforme reportado em matéria na Agência Brasil. Confira a entrevista de Chaimovich à SBPC na íntegra. Lei também aqui no portal Abrasco o artigo Os doze trabalhos de Hernan, de Carlos Morel.

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