A Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, coalizão composta por organizações da sociedade civil, como a Abrasco, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a ACT Promoção da Saúde, está em campanha com histórias reais de brasileiros que enfrentam dificuldades para entender os rótulos dos alimentos.
+ Posicionamento da Abrasco sobre a proposta de rotulagem de alimentos
+ Carlos Monteiro fala no Canal Futura sobre alimentos ultraprocessados
Com depoimentos de médicos, pacientes diagnosticados com doenças relacionadas à alimentação não saudável e pessoas que se preocupam com o que consomem, o objetivo da campanha é alertar para o fato de que com rótulos mais compreensíveis e informação adequada, as pessoas podem fazer escolhas alimentares mais conscientes e, consequentemente, mais saudáveis.
“A informação mais importante, que são os ingredientes, atualmente é escrita em letras pequenas e termos técnicos. Ninguém pode saber o que contém um alimento industrializado, a menos que essa informação esteja claramente colocada no seu rótulo’’, explica Carlos Augusto Monteiro, professor da faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e associado Abrasco, em seu depoimento.
Com o slogan “Anvisa, nós temos o direito de saber o que comemos”, a campanha também pede para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que determina as regras de rotulagem no Brasil, aprove urgentemente um modelo de rótulos mais compreensível para a população.
A campanha teve início em 9 de novembro e fica em circulação por quatro semanas, em comercias de TV, rádio, jornais e outdoors em diversas cidades do Brasil.
Rotulagem nutricional no Brasil: A proposta de rotulagem defendida pela Aliança foi desenvolvida pelo Idec em parceria com pesquisadores em design da informação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e com base em sólidas evidências científicas. A proposta inclui a inserção de um triângulo preto na parte da frente das embalagens de produtos processados e ultraprocessados com os dizeres ‘’alto em’’ ou ‘’contém’’, indicando de forma clara o excesso de nutrientes que podem ser prejudiciais à saúde, como açúcar, sódio e gorduras totais e saturadas, além de gorduras trans e adoçantes, conforme imagem abaixo.
Esse modelo de rotulagem nutricional, em formato de advertência, também é defendido e recomendado por organizações internacionais de saúde pública, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Assista ao vídeo com os especialistas Carlos Monteiro, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP e associado Abrasco; Maria Edna de Melo, endrocronologista e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), e Luis Bortolotto, cardiologista e diretor da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH). Veja a campanha completa em DireitodeSaber.org.br