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 NOTÍCIAS 

Homenagens a Hesio Cordeiro

Comunicação Abrasco

Abrasquianas, abrasquianos, amigos, alunos e admiradores expressaram pêsares, lembranças e sentimentos pelo falecimento de Hesio Cordeiro neste domingo, 8 de novembro, no Rio de Janeiro. Confira também a trajetória histórica deste grande sanitarista.

“É triste pensar que o nosso grande mestre se foi. Mestre de todos nós. Mestre de uma geração de sanitaristas que lutaram e lutam pelo direito universal à saúde, por um país melhor, por uma vida digna para todas e todos. A lembrança será sempre a do Hesio que tratava todo mundo com o mesmo carinho e respeito, que abria as portas do Instituto de Medicina Social para qualquer estudante iniciante recém-chegado à Universidade querendo conhecer o que é Medicina Social. Era com toda a paciência que ele, sem que nunca se cansasse de explicar, conversava, sem impor a última palavra, ampliava os horizontes e nos levava a entender que tudo estava em construção, e que também tínhamos espaço para nossa voz e nossos esforços. Foi assim que tive a sorte de conhecê-lo e acabei sendo totalmente desviada das especialidades médicas e tornei-me sanitarista. Foi assim que vi que o Brasil precisava de mais gente deste lado, do lado dos que pensam naqueles que não têm vez, que não têm oportunidade. Hesio conseguia, ao mesmo tempo que falava na unificação do INAMPS com o Ministério da Saúde ou do complexo médico-industrial, seguir preocupado com a subjetividade do indivíduo e em como o pensamento interdisciplinar contribuía para a construção do conceito de Saúde Coletiva. Amigo e solidário; democrático no convívio e na ação institucional e pública. Um grande mestre em sentido pleno. Temos muito que agradecer ao nosso querido professor e grande sanitarista. Hesio Cordeiro presente!”
Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Abrasco e professora do IMS/Uerj

“Conheci Hesio Cordeiro em março de 1971, quando apresentei-me ao Instituto de Medicina Social para cumprir meu último ano do curso médico – o internato. Eu era então aluno da Faculdade de Medicina da UFRJ, mas naquela época nos era facultada a possibilidade de fazer o internato em outra escola médica. O IMS havia sido fundado há dois ou três anos e Hésio tinha acabado de voltar de Kentucky onde tinha ido fazer um curso de aperfeiçoamento em Ciências do Comportamento e da Conduta Humana.” (clique e leia o depoimento na íntegra).
Reinaldo Guimarães, vice-presidente da Abrasco, professor aposentado do IMS/Uerj e pesquisador do NUBEA-UFRJ

Vejo a notícia do falecimento de Hésio Cordeiro, amigo querido e companheiro de tantas lutas. Hésio foi decisivo na abertura do nosso Mestrado de Saúde Comunitária da UFBA, na virada do antigo Departamento de Medicina Preventiva DMP, na formação do campo da Saúde Coletiva e na Reforma Sanitária, e foi grande inspiração para criarmos o Instituto de Saúde Coletiva da UFBA. Grande figura e maravilhosa pessoa, sempre firme em apoio às propostas mais avançadas da nossa área, sua contribuição marca o legado de uma geração histórica que fez diferença na construção de uma sociedade mais justa e mais solidária. Saudades imensas, gratidão profunda dos que aqui continuamos nas lutas hesianas pela vida, por saúde igual para todos e por justiça social. Hésio vive em nós e segue presente nas lutas que enfrentamos!”
Naomar de Almeida Filho, vice-presidente da Abrasco e titular da Cátedra de Educação Básica, do Instituto de Estudos Avançados da USP

“Quero expressar o meu pesar pelo falecimento do professor Hesio Cordeiro, educador na área de Medicina Social e importante liderança no Movimento pela Reforma Sanitária Brasileira. O seu modo de transmitir conhecimentos e atitudes de confiança, estímulo e solidariedade era um marco do seu trabalho pela Reforma Sanitária do Brasil. Como ex-presidente da Abrasco, quero transmitir meu pesar pela perda de um amigo que soube aliar o seu trabalho acadêmico com a luta pela expansão e melhoria da Saúde Coletiva no Brasil. Obrigado, professor Hesio Cordeiro, pela sua contribuição em assegurar o direito à saude para todos os brasileiros!”
Sebastião Loureiro, presidente da Abrasco 1985-1987 e professor aposentado do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA

“Conheci Hesio pessoalmente por intermédio do professor Guilherme Rodrigues da Silva e da Professora Cecília Donnangelo, com quem ele mantinha estreito relacionamento intelectual. Foi inesquecível acompanhar a visita que ambos fizeram a Hesio no IMS, no estabelecimento de intercâmbio entre o IMS e o Departamento de Medicina Preventiva. Como muitos, tive o privilégio de acompanhar sua rica e frutífera trajetória de realizações em prol da saúde da população brasileira. Deixa um legado inestimável para a organização de serviços de saúde, para entender o complexo econômico e industrial da saúde e para a Saúde Coletiva brasileira. Seu trato rigoroso com a produção de conhecimentos e elaboração de propostas, aliados à sua sempre presente simpatia e afeto com que tratava a todos foram sua marcas, as quais devem servir de referência a todos nós. Hesio Cordeiro, presente.”
Moisés Goldbaum, presidente Abrasco 2003 – 2005, editor sênior da RBE- Revista Brasileira de Epidemiologia

“Fui vice-presidente de sua gestão na Abrasco. Temos uma foto histórica das duas diretorias quando passamos o bastão para a [gestão] do Sebastião Loureiro. Assumi a presidência de nossa Associação quando ele foi nomeado presidente do INAMPS.”
José da Rocha Carvalheiro, presidente da Abrasco 2006 – 2009 e pesquisador do Instituto de Saúde (SES/SP) e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRB/USP)

“É uma grande emoção registrar minha homenagem ao querido Hesio Cordeiro, líder histórico da Saúde Coletiva e da criação do SUS.
Professor brilhante, Hesio produziu conhecimento e desenvolvimento institucional como poucos em nosso país. Foi um exemplo e inspirou a trajetória de muitas gerações de sanitaristas brasileiros. Foi Hesio quem me estimulou a fazer a Maestria em Medicina Social na UAM-Xochimilco, no México. Em 1982, em um encontro no Rio, ele redigiu à mão, uma carta em que me apresentava à Asa Cristina Laurell. Assim, Hesio acabou influenciando uma parte relevante de minha formação profissional.
Obrigado, querido amigo. Você permanecerá vivo em nossa mais cara memória.”
Luiz Augusto Facchini, presidente da Abrasco 2009-2012, professor aposentado do Departamento de Medicina Social da UFPEL

“Não tive o privilégio de conviver com o professor Hesio Cordeiro, mas tive a oportunidade de ler, ainda jovem, os textos que me apresentaram os conceitos de complexo médico-industrial e de empresariamento da saúde, até hoje essenciais para entender a dinâmica dos sistemas de saúde em todo o mundo, incluindo o SUS. De longe, pude ainda acompanhar seu desempenho como presidente do Inamps no momento crucial de sua incorporação ao Ministério da Saúde, concretizando a diretriz do comando único da saúde, recomendada pela 8ª Conferência Nacional de Saúde, da qual foi um dos líderes. Por sua contribuição como intelectual e militante da Reforma Sanitária, gostaria de registrar o reconhecimento e a gratidão a Hesio que, tenho certeza, são os sentimentos não apenas de seus contemporâneos, mas também das gerações posteriores a dele.”
Luis Eugenio de Souza, presidente da Abrasco 2012 – 2015, professor do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA e vice-presidente eleito da Federação Mundial das Associações de Saúde Pública (WFPHA)

“Perdemos um dos mais importantes sanitaristas do Brasil, um dos arquitetos dos SUS. Professor, pesquisador e pensador brilhante. Mas antes de mais nada, um homem bom! Tive a honra de ser secretário executivo da sua gestão como Presidente da Abrasco. Querido amigo, vá em paz!”
Paulo Buss, coordenador do Cris-Fiocruz

“Hesio Cordeiro é um dos gigantes da saúde pública brasileira. Foi meu mestre, orientador do meu mestrado e amigo. Trabalhei com ele no Inamps na Nova República, período em que ele teve um papel central na estruturação do SUS. Depois o acompanhei quando foi secretário de educação do estado do Rio de Janeiro. Uma figura brilhante, generosa, dedicada às causas da saúde, da ciência e da educação. Sem Hesio não teríamos o SUS e o direito à saúde inscritos na nossa Constituição.” 
José Gomes Temporão, ex- ministro da saúde

“Hesio Cordeiro será sempre uma referência para todos os que lutam por uma saúde pública de qualidade, universal, integral e orientada pelos princípios de equidade e justiça. Foi um construtor do SUS e um intelectual com contribuições seminais sobre temas históricos e desafios contemporâneos. Pesquisador Honorário da Fiocruz, Hesio contribuiu de modo decisivo para a Fiocruz construída nas últimas três décadas, com a aproximação entre os Sistemas de Ciência, Tecnologia e Inovação e o SUS e a afirmação da Gestão participativa. Hesio Cordeiro presente!”
Nisia Trindade Lima, Presidente da Fundação Oswaldo Cruz

“Conheci Hesio Cordeiro em 1985, quando ingressei como aluna na pós-graduação do IMS. Seus livros e sua prática já eram fonte de inspiração. Lembro também do seu sorriso afável e de sua capacidade de agregar ideias e ideais. Um dos fundadores do nosso Instituto, teve papel decisivo também como reitor da Uerj, ampliando a produção e atividades da Universidade, fazendo dela um polo de pesquisa e formação. Foi um verdadeiro mestre, e sua atuação foi decisiva na construção do SUS e na conquista do direito universal à saúde. Ficam a lembrança, a inspiração e o desafio de fazer que seu legado seja preservado e ampliado para as novas gerações.”
Claudia de Souza Lopes, diretora do IMS/Uerj

“Perdemos o Hesio. Um dos maiores sanitaristas do Brasil. Fundou o IMS na Uerj, universidade da qual depois foi Reitor. Foi um dos idealizadores do SUS e, enquanto presidente do antigo INAMPS; teve uma atuação decisiva para a construção do Sistema. Esteve à frente da criação da ABRASCO. Um homem doce e altamente crítico do sistema de saúde do Brasil. Marcou profundamente a Saúde Publica em nosso país. Tive o privilégio de orientar sua dissertação de mestrado, de trabalhar com ele e de ser sua amiga. Sugiro que o IMS passe a chamar Instituto de Medicina Social Hésio Cordeiro.”
Maria Andréa Loyola, ex-presidente da Capes e fundadora da área de Saúde Coletiva quando esteve à frente do Órgão.

“Venho somar às homenagens à lembrança de Hesio e seu rico legado humano e civilizatório na construção de políticas e sistemas de saúde e educação pelas gerações afora. Tornamo-nos amigos em meados dos anos 1970 – ele na equipe fundadora do IMS; eu na equipe iniciadora da concepção e práticas de Atenção Primária à Saúde, em Londrina. Participado de eventos de saúde no Rio, conheci o IMS e Hesio, e por ele, Nina Pereira Nunes, Reinaldo Guimarães, José Luis Fiori e, na sequência, o histórico texto básico da Reforma Sanitária Brasileira, “A Questão Democrática na Área da Saúde”. Muito estudioso e preocupado sobre políticas e sistemas de saúde, Hesio preparava-se para seu doutorado. Eu, militante envolvido na concretude da implantação e funcionamento de postos de atenção primária peri-urbanos e rurais, de qualidade, com articulações municipais/estaduais/faculdades em saúde; aguerrido, mas capenga em conhecimentos e estratégias no conjunto do sistema de saúde. Atuando, produzindo, debatendo, elaborando ininterruptamente e coordenando, Hesio impressionava pela fala pausada, reflexiva, pela escuta e disposição espontânea em permanecer aprendendo. Ele tinha confiança nos consensos e nos avanços finais. Foi assim no 1º Simpósio Nacional de Política de Saúde, em 1979, na Câmara dos Deputados. Em plena ditadura, o documento-base do evento foi “A Questão Democrática na Área da Saúde”, o que deu grande impulso, agregação e embasamento no movimento da nossa reforma sanitária. Foi assim também no 2º Simpósio, em 1982; na histórica 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986; e além, no exercício das mais altas funções executivas na saúde e na educação. Em todas essas situações, Hesio permanecia pausado, reflexivo, consequente, consistente e disposto a aprender. Como em todas as militâncias pela democratização do Estado, duramente submetidas a tensões e desafios aparentemente intransponíveis, torna-se comum a inquietação e a tensão dos mais aguerridos e, sob esse prisma, torna-se humanamente imprescindível a relação pessoal simplesmente doce. Hesio era uma pessoa doce imprescindível.”
Nelson Rodrigues dos Santos, médico sanitarista

“Presto minha homenagem a Hesio Cordeiro uma pessoa inspiradora , corajosa, digna que contribuiu decisivamente pra conquista da Saúde como direito universal. Sem ele o SUS, essa construção exemplar de gerações de brasileiras e brasileiros, não teria sido possível. Um mestre de todos nós. Obrigada Hesio Cordeiro!”
Lúcia Souto, presidente do Cebes

“O professor Hesio Cordeiro foi e é uma importante referência para a Saúde Coletiva e o SUS. Ele nos deixa, mas fica seu legado acadêmico e de vida.”
Túlio Franco, coordenador geral da Associação Rede Unida

Em nome da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), e com grande pesar, me associo a todas e todas que já se manifestaram quando do falecimento do Professor Hesio Cordeiro. O país perde uma liderança inconteste pela reforma sanitária no Brasil, com extensa e profícua carreira como educador e médico. Teve papel primordial na estruturação do Sistema Único de Saúde, com defesa intransigente da saúde publica de qualidade, integral, universal e como um direito de todas e todos. Seu exemplo e seu papel como cidadão, pesquisador e orientador foi fundamental para que o Brasil tenha uma massa crítica de sanitaristas, professores e pesquisadores com atuação em todo o país e com reconhecimento internacional. Minhas condolências para toda a família em momento sempre tão triste. Ele nos fará muita falta. Hesio Cordeiro, presente!
Dirceu Greco – Professor Emérito da Universidade Federal de Minas Gerais, Presidente da Sociedade Brasileira de Bioética (2019-2021)

“Um fundadores do IMS junto com a doutora Nina Pereira Nunes e o professor Moyses Szklo, Hesio foi meu professor e amigo. A ele devo o impulso para minha formação médica. Teve uma trajetória muito bonita e de trabalho diário. Contribuiu de forma decisiva para a transformação da Uerj na universidade com capacidade de pesquisa e ensino que é hoje. Foi decisivo para a criação do SUS e a transição política da Nova República. Foi um pioneiro na formação dos médicos de família. Vai fazer muita falta!”
Mário Dal Poz, professor do IMS/Uerj

“Conheci Hesio Cordeiro em 1989, quando lutava para criar um Núcleo de Saúde no Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM). Hesio generosamente apoiou a criação do Núcleo e emprestou seu prestígio ao mesmo nos anos seguintes. Entrei tardiamente por sua mão na reforma sanitária. Convivi, desde então, com ele que foi um dos maiores campeões, senão o maior, da luta pelo direito de todos à saúde. Quando tomou posse como presidente do Inamps em 1985, diante de auditório lotado, prometeu acabar com a entidade para colocar em seu lugar um sistema público universal de saúde. Foi na sua gestão que se formou o SUDS, primeiro embrião do SUS, uma das maiores conquistas democráticas do povo brasileiro. Suas dissertação de mestrado e tese de doutorado viraram livros decisivos para a crítica do sistema de saúde excludente e segregado que havia no país e, ao mesmo tempo, arregimentou inúmeros lutadores pelo SUS. Juntamente com José Luiz Fiori e Reinaldo Guimarães, todos do IMS/Uerj, escreveu “A Questão Democrática e a Saúde”, talvez o documento mais importante da Reforma Sanitária. O texto foi a base dos debates no I Simpósio de Saúde na Câmara dos Deputados, em 1979, e foi assumido pelo Cebes quando da fundação dessa entidade tão importante para a conquista do direito universal à saúde e a implantação do SUS. Nos anos 1990, Hesio ainda lutou e liderou a revisão das diretrizes curriculares do ensino de Medicina, tentando influenciar a formação dos médicos em favor do SUS. Nos anos 2000 criou o primeiro programa de pós-graduação em Saúde da Família do país, na Universidade Estácio de Sá, onde trabalhei com ele entre 2000 e 2017. Hesio tinha uma visão impressionante do país e da saúde pública. Liderava de forma discreta e brilhante, ouvindo a todos e conseguindo costurar ideias díspares numa síntese superior. Sem vaidades, generoso, discreto, sorridente, foi um dos maiores brasileiros dos últimos tempos. Nesse tempo de mediocridades, de ideias carregadas de ódio, um gigante como Hesio Cordeiro fará enorme falta.”
Paulo Henrique Rodrigues, professor do IMS/Uerj

“Que triste notícia! Além de sua importância ao Brasil e ao SUS, Hesio foi um querido amigo, chefe na ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), e meu coordenador quando fui docente no curso de Medicina da Universidade Estácio de Sá, quando implantou sua inovação de integrar todos conteúdos e métodos das disciplinas. Compôs minha banca no doutorado; foi parceiro em capítulo de livro, que honra. O que mais me marcou no Hesio foi a pessoa humana que era, pessoa respeitosa com todos, sem hierarquia, que acreditava e olhava nos olhos de qualquer um que se colocasse à sua frente, raríssimo entre os quadros de nossas militância e intelectualidade. Um exemplo de diminuir a distância entre discurso e prática que Paulo Freire nos ensina”.
Isabela Soares Santos, integrante do Conselho Consultivo do Cebes e pesquisadora da ENSP/Fiocruz

“Tive a honra de tê-lo como meu orientador no mestrado e conviver com ele no IMS. Para além do homem público, era uma pessoa amável e generosa. Um mestre no sentido mais amplo do termo.”
Estela Aquino, professora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA

“Con mucho dolor me entere hoy del fallecimiento de Hesio. Recuerdo cuando lo conoci personalmente en el aeropuerto de Lima, en 1971, mientras esperabamos un vuelo para Quito, rumbo a la primer reunión que convocaba Juan Cesar Garcia. De ahi en adelante lo encontré muchas veces y compartimos charlas, risas, temores y proyectos. Siempre solidario, siempre valioso. Gracias a él conocí a Nina, a Moyses, a Hilda, a Madel, y luego a todo el maravilloso grupo del la Medicina Social en la UERJ. Lo extrañaré mucho. Te mando un abrazo y te pido lo hagas extensivo a todo campo de la Medicina Social donde él orientó la construcción de un pensamiento crítico original que alcanzó muy buenos frutos.”
Hugo Mercer, professor do IMS nos anos iniciais, quando exilado no Brasil, na década de 1970. Atualmente é professor da Universidad Nacional de San Martín, Argentina

“Sou muito grata pela oportunidade de ter conhecido e ouvido Hesio Cordeiro, a quem eu cito em várias passagens da minha tese pela contribuição que deu à Medicina Social Latino-americana, e que, em última análise, deu possibilidade de conformação do campo da Saúde Coletiva no Brasil. Hesio foi um dos fundadores do IMS, lugar da minha formação intelectual, ao qual devo estes últimos seis maravilhosos anos de crescimento intelectual e humano. Ele também foi um dos principais articuladores da criação do SUS, foi reitor da nossa querida Uerj, e seguirá sendo um exemplo de boa luta política para várias gerações de velhos e novos sanitaristas. Uma grande perda para a Saúde Coletiva. Descanse em paz, Hesio Cordeiro. Seu legado continua vivo por meio de nós.”
Manuelle Matias, enfermeira sanitarista, doutoranda do IMS/Uerj e conselheira nacional de saúde pela Associação Nacional de Pós-Graduação (ANPG)

“Médico, pesquisador, professor, reitor, sanitarista, diretor, consultor… Um ser humano a frente de seu tempo e que lutava para as descobertas científicas fosse aplicadas para a melhoria e a universalização da saúde pública e da educação no país. Foi durante seu mandato como reitor da Uerj que instalou na Ilha Grande, em fevereiro de 1985, o campus regional das Ciências Ambientais, que posteriormente, daria origem ao Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS). Agradecemos por sua imensa contribuição.”
Equipe CEADS/Uerj

“Hesio Cordeiro é mais uma estrela que brilha no céu, assim como Sergio Arouca, Davi Capistrano Filho, Eleuterio Rodrigues Neto, Gilson Carvalho e tantos outros e outras. Gigantes na construção do Sistema Único de Saúde e da luta pelo direito à saúde em nosso país. O trabalho de Hesio, a partir da presidência do INAMPS, permitiu que um ciclo de políticas públicas se fechasse, e uma nova perspectiva para o povo brasileiro se abrisse, tendo saúde como direito de todos e um dever do Estado. Hesio, você é um homem digno. Honraremos o legado desses lutadores aqui do lado de cá. Siga em paz.”
Vinícius Ximenes, médico de família e comunidade, sanitarista e membro da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares

“Obrigado, Hesio, por todas as inúmeras contribuições à saúde do Brasil e ao apoio ao estudo do ambiente e da saúde do trabalhador no CESTEH-Fiocruz. Que descanse em paz.”
Guto Galvão, pesquisador Cris-Fiocruz

“Queria prestar minha homenagem a Hesio Cordeiro. Tive o privilégio de conhecê-lo em vários momentos da constituição da Saúde Coletiva e do movimento pela Reforma Sanitária. Hesio foi um dos mais importantes fundadores e articuladores de ambos. Desde estudante participou das lutas democráticas. Foi um dos criadores do Instituto de Medicina Social da Uerj e ativo participante do movimento latino americano da Medicina Social. Seus trabalhos sobre a privatização da saúde foram pioneiros e em muito contribuíram para a crítica ao sistema de saúde. Ele não somente pensou a organização do SUS como participou ativamente da sua implementação. Era uma pessoa gentil, alegre e solidária. Estará sempre presente entre nós.”
Lígia Maria Vieira da Silva, professora do ISC/UFBA

“Nossa homenagem ao grande sanitarista e mestre Hesio Cordeiro expressa-se na gratidão por sua visão ousada e pelo seu trabalho incansável na consolidação do direito à saúde e de uma sociedade mais justa. Ficará na nossa memória seu apoio e colaboração à Universidade Federal de Juiz de Fora, especialmente ao NATES e ao Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva. Sempre aceitava nossos convites e era uma satisfação ouvi-lo rememorar as histórias de sua terra natal e degustar de uma boa comida mineira. Tivemos a alegria de vê-lo receber o título de Cidadão Benemérito de Juiz de Fora, em 2011, entre tantas homenagens merecidas que recebeu durante sua vida. Fica seu exemplo de pessoa firme e generosa, que com seu sorriso acolhedor nos convoca a prosseguir na consolidação e ampliação de tantas conquistas. Obrigada, Hesio!” 
Maria Teresa Bustamante – NATES e Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da UFJF

“Hésio realizou seu doutorado em nosso Depto sob orientação da Prof Cecilia Donnangelo, sendo contemporâneo de alguns de nossos atuais professores, e, da mesma maneira que acredito ocorreu em outras instituições, deixou aqui amigos e admiradores.”
Nota do Departamento de Medicina preventiva da Faculdade de Medicina da USP

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