Matéria da Folha de São Paulo mostra que hospitais na capital paulista estão flexibilizando as normas e permitindo visitas de parentes a pacientes internados com Covid-19. Pareceres do Ministério da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo são contrários às visitas. Ouvida pela reportagem, Gulnar Azevedo, presidente da Abrasco, critica a decisão dos hospitais, considerando a medida “arriscada e prematura”.
Gulnar Azevedo já havia criticado decisão similar do município do Rio de Janeiro, que liberou a visita a pacientes para pessoas imunizadas com as duas doses da vacina, no início da semana. A epidemiologista acredita que há a possibilidade de “levar a um risco maior de infecção na unidade hospitalar, inclusive de outros agentes infecciosos, e atrapalhar a dinâmica dos cuidados intensivos em um momento em que a pandemia ainda está em uma patamar muito elevado de casos e mortes”, disse à reportagem.
Para a presidente da Abrasco, “o mais correto é investir no reforço das visitas virtuais”. O assunto, porém, também causou polêmica no fim de abril, quando o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, o Cremesp, emitiu parecer proibindo filmagens no ambiente hospitalar, por conta do sigilo médico e da privacidade dos pacientes. Criticado, o órgão relativizou o parecer, dizendo ser somente uma orientação, entretanto, culpou a imprensa pela repercussão negativa e é acusado de censura por alguns profissionais.
Leia na íntegra a matéria da Folha de São Paulo sobre a flexibilização de hospitais paulistanos.
E matéria produzida pela Abrasco sobre a flexibilização no município do Rio de Janeiro.