No Valor Econômico online e impresso foi publicado a matéria sobre as imagens de advertência nas embalagens de cigarro. Será que as imagens fazem pensar mais sobre os riscos do tabagismo? Segundo a notícia, para 38,7% dos brasileiros fumantes, sim. É o que aponta uma pesquisa da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), uma organização não-governamental.
Segundo Paula Johns, diretora-executiva da entidade, a eficácia das fotografias impactantes na inibição ao fumo é comprovada cientificamente, embora não seja o motivador principal da queda, pela metade, do tabagismo no Brasil nos últimos 20 anos.
Um estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca), publicado em 2012, atribui 46% da redução do tabagismo no país ao aumento de preços, 17% às leis dos ambientes livres de fumo, 14% às restrições da publicidade e 8% às imagens de advertência nos cigarros. O restante da queda, segundo o Inca, está ligado a campanhas midiáticas e tratamentos para parar de fumar.
O Brasil foi o segundo país do mundo – o primeiro foi o Canadá – a implementar a obrigatoriedade de imagens de advertência no cigarro, em 2001, por lei federal. Apenas dois anos depois, com Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, um tratado internacional, esse tipo de iniciativa começou a se espalhar. Hoje, alcança mais de cem países.