Quais são os fatores determinantes para a proliferação do mosquito da dengue no país? Pesquisadores afirmam que o crescimento populacional e a urbanização descontrolada, o aumento da violência em bairros e comunidades, a água e o saneamento, o grande aumento de veículos com o aumento de pneumáticos, a grande produção de descartáveis, a adaptação do mosquito a outros criadouros (com a eliminação de criadouros, o mosquito procura novos sítios para postura, mesmo que não sejam os locais referenciais), e as mudanças climáticas.
Diante de tanta complexidade, quais são as perspectivas para o controle da dengue no Brasil? Este será o tema do debate que vai reunir Pedro Luiz Tauil (UnB), Expedito Luna (USP), Flavio Codeço Coelho (FGV), João Bosco Siqueira Júnior (UFG) e Priscila Leal Leite (Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue – CGPNCD) no 9º Congresso Brasileiro de Epidemiologia – Epivix.
Foi sobre este tema que o jornalista Lidson Almeida, da afiliada da Rádio CBN no Acre, conversou com o professor Pedro Luiz Tauil, da Universidade de Brasília. Tauil aponta que precisamos de novas tecnologias para o controle do avanço da dengue no Brasil. Entre elas, a que é resultado de estudos na Austrália, contando com mosquitos infectados por uma bactéria chamada Wolbachia; e a outra, a que tem sido desenvolvida em Oxford, na Inglaterra, a de mosquitos transgênicos, que já tem data para testes em território brasileiro. “Com a intensa urbanização e a precariedade das condições de vida da população no Ocidente, é praticamente impossível eliminar o mosquito, ou mesmo reduzir a sua proliferação”, afirma.
No Epivix, o professor Pedro Luiz Tauil participa, no dia 10 de setembro, de 09h30 às 11h30, da Mesa Redonda ‘Percepções e estratégias no controle da dengue’
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