“O que está previsto na proposta apresentada pelo relator é apenas um enunciado. Obrigar as empresas a oferecer plano individual sem que esse anunciado tenha conteúdo é quase um pastel de vento, porque as empresas podem oferecer um plano individual, mas ele ter um valor altíssimo de mensalidade. E, portanto, ele se tornará inacessível para o consumidor. Então, seria preciso que as regras, elas dissessem, elas previssem, como será esse plano individual”, disse a professora da UFRJ, Ligia Bahia, membro da Comissão de Política, Planejamento e Gestão em Saúde da Abrasco, em reportagem de Cláudia Bomtempo e Rafaella Vianna, para o Jornal Nacional da TV Globo, veiculado na noite desta terça-feira, dia 24.
A Câmara dos Deputados está discutindo um projeto para alterar a lei que rege os planos de saúde. As empresas operadoras do setor reagiram contra a proposta que muda a forma dos reajustes para quem está prestes a ser tornar um idoso. O projeto mexe em muitos pontos da lei que rege os planos de saúde. Uma das propostas atinge o reajuste nas mensalidades de planos quando o usuário completa 59 anos, a última faixa de reajuste permitida por lei atualmente.
A reportagem ouviu ainda o relator Rogério Marinho, do PSDB; o deputado Luiz Henrique Mandetta, do Democratas; o diretor da Abramge, Pedro Ramos; o coordenador da Comissão de Saúde Suplementar do Conselho Federal de Medicina, Salomão Rodrigues e o diretor do IDEC, Igor Britto.