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Indicadores de saúde pioram no primeiro ano do governo Bolsonaro

Hara Flaeschen | Informações da Folha de S. Paulo

Mais Médicos – Aldeia Kumene, Oiapoque | Foto: OPAS

O jornal Folha de S. Paulo analisou 104 indicadores e apontou que, no primeiro ano do governo Bolsonaro, houve piora na saúde e em outras áreas – como educação, assistência social e meio ambiente. A presidente da Abrasco, Gulnar Azevedo, foi entrevistada sobre a situação na saúde pública – e apontou que a queda nos atendimentos da atenção básica podem ser relacionadas com o fim do Programa Mais Médicos – após a saída dos profissionais cubanos do país. O abrasquiano Adriano Massuda também foi consultado. Leia trechos da matéria, abaixo:

Na saúde, três indicadores apresentaram melhora e oito tiveram piora, segundo dados do Ministério da Saúde e entrevistas com Fátima Marinho, da USP, Gulnar Azevedo, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, e Adriano Massuda, da FGV.

Entre as mudanças na rede, chama a atenção a queda no número de médicos na atenção básica, situação que não era registrada desde 2011, e de agentes comunitários de saúde.

A primeira está relacionada à decisão do governo em não renovar contratos do programa Mais Médicos. A justificativa era a necessidade de abrir caminho para a criação de um novo programa, o Médicos pelo Brasil, ainda sem editais.

Para Azevedo, a situação pode explicar a queda nos atendimentos na atenção básica. “Há lugares ainda há muito tempo sem médicos”, diz.

Outros indicadores trazem sinais de problemas na rede, como o aumento no volume de internações por pneumonia em menores de 5 anos.

Dados preliminares de janeiro a junho do último ano já apontam aumento na mortalidade infantil por esse motivo —foram ao menos 570 mortes contra 511 no mesmo período do ano anterior.

“Mesmo sendo um dado provisório, é um número que não reduz, e deve aumentar. É uma morte totalmente evitável”, afirma Marinho, que monitora o indicador.

Entre os pontos positivos está o aumento nos repasses para a atenção básica, o que ajudou a financiar novos programas como o Saúde na Hora.

Com a adesão de municípios ao programa e aumento nos repasses, cresceu o número de equipes de Saúde da Família. Também houve incremento no volume de consultas especializadas.

Em contrapartida, velhas doenças voltaram a preocupar, como a dengue, que acabou por levar ao segundo maior número de casos e mortes já registrado na série histórica, com 782 mortes, e o sarampo —18 mil casos contra 10 mil no ano anterior.

Matéria completa no site da Folha de S. Paulo 

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