De maneira clara e direta, o abrasquiano Cesar Victora apontou em entrevista ao Portal UOL aspectos centrais que levaram o Brasil a chegar na triste marca de quase 500 mil óbitos. “O principal erro é o negacionismo expresso muito bem pelo presidente da República. Achavam que não ia ser uma epidemia grande. Em 40 anos de epidemiologia aprendi a nunca me atrever a prever quantas mortes haverá em uma epidemia. […] Existem alguns modelos preditivos que podem ser úteis, mas nunca dá para apostar nada. O negacionismo fez com que o Brasil não tentasse conter a epidemia no começo”.
Um dos idealizadores do estudo EpiCovid e que recentemente participou de uma Ágora Abrasco em sua homenagem, Victora reforçou posicionamentos e orientações que os e as sanitaristas vem destacando desde o início da pandemia: a necessidade de testagem em massa, o papel que teria um lockdown para a redução dos casos e dos óbitos e a eficácia individual e coletiva da imunização em massa. “Enquanto tivermos esse governo, o que podemos fazer é incentivar a vacinação e tentar comprar o máximo possível de vacinas”, vaticinou. Clique e leia a entrevista na íntegra.