Às 10h, no dia 23 de setembro, começou na sede da Organização Panamericana de Saúde, em Brasília, as comemorações dos 35 anos da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Nessa ocasião inicial, a mesa coordenada por Felix Rigoli, da OPAS/OMS Brasil, contou com a participação de Luis Eugenio Souza (presidente da Abrasco), Hermano Castro (diretor da ENSP), Rosa Pinheiro (Rede de Escolas), Isabela Cardoso Pinto (ISC/UFBA), José Inácio Motta (ENSP) e Murilo Wanzeler (UFPB).
“Antes de tudo, é uma felicidade estar brindando o lançamento da Agência de Acreditação Pedagógica. Nós vemos como estratégia fundamental para massificar, aos milhares, os trabalhadores para o SUS. O desafio de fazer um SUS para milhões de brasileiros, também está centrado na necessidade de muitos trabalhadores da saúde”, afirma Luis Eugenio.
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José Inácio Motta disse que a Agência de Acreditação não é um tema simples. Agradeceu ao convite feito por Luis Eugenio e Isabela Cardoso para ser secretário executivo da AAP e apresentou a proposta, os desafios e as atividades que já estão previstas para outubro e novembro. “A avaliação tem muitas faces. Significa muitas coisas, se apresenta de muitos modos e busca cumprir distintas finalidades, como também oculta muitos significados. Não podemos compreender simplesmente como instrumento ou mecanismo técnico”, disse. Para ele, avaliação e acreditação são parceiras, porque é uma gestão coletiva que é inclusiva, referidas a uma ideia de qualidade.
Hermano Castro exaltou sua alegria em estar presente na solenidade dos 35 anos, principalmente porque a ENSP está completando 60 anos de existência. “Considero a ENSP jovem. A Abrasco está numa idade adolescente. Fazer 35 anos é um marco importante para a história da Saúde Coletiva”, disse. Hermano enfatizou a importância da Agência de Acreditação, sua construção coletiva, sobre carreiras profissionais da saúde pública e sua garantia de qualidade. Citou um texto de Jairnilson Paim para finalizar, dizendo que “competências e valores devem estar voltados para a melhoria do Sistema Único de Saúde”.
Murilo Wanzeler, secretário adjunto da AAP, disse que é uma honra estar presente no lançamento da Agência de Acreditação Pedagógica e de sua retomada, e ressaltou que foi um trabalho onde se apostou muito para que acontecesse.
Rosa Pinheiro, coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, leu o discurso de Christian Chauvigné, gestor do Centro de Apoio à Melhoria Contínua da Qualidade da Escola de Estudos Avançados em Saúde Pública na França e professor associado à Université de Haute Bretagne Rennes, que relata sua opinião quanto à implantação da Agência de Acreditação Pedagógica, sobre sua importância.
Referindo à AAP, Carlos Carvalheiro afirmou que não foi uma “hibernação de urso polar”, porque, segundo ele, já se discutia intensamente com Tania Celeste uma empreitada dessa responsabilidade. “A atual presidência teve coragem de assumir essa responsabilidade. Parabéns Luis Eugenio”, completou.
Tania Celeste, pesquisadora da ENSP, disse que levou a ideia de retomada com profundo respeito com as propostas da equipe idealizada no passado. “Estamos renascendo. E que esse seja o caminho para que a gente possa, nesse contexto novo, estar mais uma vez dentro da área de saúde muito presentes”, pontuou.
José Noronha contou que foi na sua gestão, como presidente da Abrasco, que nasceram as discussões sobre uma Agência de Acreditação Pedagógica e também da graduação em Saúde Pública. “Espero que seja exitosa essa construção”, disse.
Falando em nome do Conass, Haroldo Pontes lembrou que teremos um grande desafio. “Quero trazer essa responsabilidade para todos nós que temos um árduo trabalho até 2016. Desejo que a AAP passe a ser um instrumento do Sistema Único de Saúde. Queremos transformar nesse projeto em algo permanente para a construção da maior política pública em saúde do País, que é o SUS”, ressaltou.