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Marília Louvison: envelhecimento ainda é visto com medo e preconceito

Bruno C. Dias, com informações do Jornal da USP

Marília Louvison junto com Egídio Dorea, em entrevista a Marcelo Rollemberg (de óculos), no programa Diálogos na USP – Reprodução

De acordo com dados da ONU, há 962 milhões de pessoas no mundo com mais de 60 anos. A estimativa é que esse número continue aumentando nas próximas décadas: em 2030, serão 1,4 bilhão de idosos em todo o planeta. Em 2050, todas as regiões do mundo, com exceção da África, terão um quarto de sua população formada por pessoas com mais de 60 anos, totalizando 2,1 bilhões de idosos. No Brasil, segundo dados do IBGE, a população idosa irá dobrar até 2042.

Mesmo com a tendência de crescimento dessa população, fora o fato de ser decorrência do próprio ciclo da vida, é grande o preconceito com idosos e idosas, tanto que  Robert Butler, gerontologista norte-americano, cunhou em 1969 o termo ageism. Seguindo a lógica a partir de denominações já existentes, como racism e sexism, o ageísmo define a estratégia e prática – deliberada, intencional, ou estrutural – de criar de estereótipos, geralmente negativos, contra pessoas ou um grupo de pessoas baseados na sua idade.

Para debater o espaço do idoso na sociedade e o ageísmo, o programa Diálogos na USP convidou Marília Louvison, docente da Faculdade de Saúde Pública da USP, médica sanitarista, conselheira da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, integrante do Grupo Temático Envelhecimento e Saúde Coletiva e também integrante do Centro Internacional de Longevidade.

Marília Louvison ressaltou que esse preconceito não vem apenas dos mais jovens e que muitas vezes aparece nos mais velhos também. “Às vezes, as próprias pessoas que envelhecem têm um certo preconceito de que não são velhos. A gente quer viver para sempre sem ficar velho”, disse. Ao invés da negação da passagem do tempo, Marília acredita que “temos que pensar como envelhecer bem, e não como não envelhecer”.

Ela apontou ainda que as atuais políticas públicas estão longe do necessário, muito devido aos vários problemas enfrentados pelos idosos simultaneamente. “O idoso, ele, a princípio, não tem aquela doença única, aguda, que o médico faz o diagnóstico, trata e cura. Esses probleminhas se atrapalham”, explica.

Apresentado pelo jornalista Marcello Rollemberg, a edição contou também com Egídio Dorea, médico nefrologista do Hospital Universitário, responsável pelo programa de envelhecimento ativo da Universidade de São Paulo, coordenador da Universidade Aberta à Terceira Idade e diretor do Centro Internacional de Longevidade. Clique no player e assista abaixo ao programa na íntegra, e leia aqui a matéria completa no site do Jornal da USP.

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