A convite da revista Época, Mário Scheffer, professor do departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (DMP/FM/USP) e vice-presidente da Abrasco, esteve na sede da publicação para um debate com Pedro Ramos, diretor da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abrange). O tema: a proposta de criação dos planos populares, cavalo de troia defendido pelo mercado e por Ricardo Barros, titular da pasta da Saúde.
“O governo não deveria autorizar a criação desses planos. As operadoras têm uma pauta, de longa data, de desregulamentação das coberturas e do reajuste dos planos individuais. Essa proposta tem autoria exclusiva das empresas. Não por acaso, a ideia tem sido rechaçada de forma veemente por entidades como Ordem dos Advogados do Brasil [OAB], Conselho Federal de Medicina [CFM] e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor [Idec]. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, comporta-se como um consultor financeiro das empresas. A justificativa para a criação desses planos surgiu da retração do mercado”, ressaltou Scheffer já na primeira resposta à jornalista Cristiane Segatto.
Além da discussão em torno da financeirização da prestação da assistência e do esvaziamento da saúde enquanto um direito social, o debate travado entre o abrasquiano e o representante dos planos abordou também temas como a regulamentação da saúde suplementar e a judicialização da saúde. Assista ao vídeo abaixo e leia aqui a matéria.