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Mesa redonda aborda a contribuição de Elza Berquó para a Saúde Coletiva no 14º Abrascão

A mesa redonda A relevância e a atualidade da contribuição de Elza Berquó para a Saúde Coletiva integrou a programação do dia 30 de novembro do 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, realizado de 28 de novembro a 3 de dezembro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. A atividade reuniu pesquisadoras e pesquisadores para refletir sobre o legado científico e institucional de Elza Salvatori Berquó, que completou 100 anos em outubro de 2025.

A mesa foi coordenada por Estela Aquino, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, e contou com exposições de Richarlls Martins, presidente da Comissão Nacional de População e Desenvolvimento da Presidência da República, e de Margareth Arilha, Pesquisadora e Coordenadora Adjunta do NEPO Elza Berquó.

Ao contextualizar a homenagem, Estela Aquino destacou a trajetória de Elza Berquó e sua contribuição estruturante para o campo da Saúde Coletiva, com impacto direto na produção científica, na formulação de políticas públicas e na formação de profissionais. Em sua fala, afirmou: “Suas pesquisas têm trazido importantes subsídios para a formulação e o controle social das políticas de saúde, abordando temas como a esterilização de mulheres e sua relação com a epidemia de cesarianas, a sexualidade e a saúde reprodutiva na juventude e a epidemia de HIV/Aids”.

Margareth Arilha abordou o significado do centenário de Elza Berquó como um marco para a reflexão sobre ciência e compromisso social. Ao tratar da dimensão simbólica da homenagem, destacou:
“Homenagear 100 anos de Elza Berquó significa reverenciar uma mulher visionária, dedicada a produzir ciência comprometida com a transformação social e política, inspirando pesquisadores e gestores da saúde a produzir ações criadoras de laços permanentes”.

Ao analisar a projeção e a atualidade da obra de Elza Berquó, Richarlls Martins ressaltou a abrangência de sua contribuição para os estudos populacionais e para a saúde coletiva, no Brasil e no cenário internacional. Segundo ele: “O seu centenário possibilitou releituras e aproximações de sua vasta contribuição teórica para diferentes áreas do conhecimento, especialmente junto à saúde coletiva. Destaco, com especial relevância, as pesquisas inovadoras nos temas da fecundidade, saúde sexual e reprodutiva, juventude, saúde da população negra e sistemas de informação. Que as reflexões teóricas dessa cientista brasileira singular atravessem um número maior de pessoas pesquisadoras e nos guiem na defesa do direito humano à saúde”.

A mesa reafirmou a importância da produção intelectual de Elza Berquó para a consolidação da Saúde Coletiva no Brasil e para os debates contemporâneos sobre democracia, políticas públicas e direito humano à saúde.

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