Desde o início da pandemia, a compra e a entrega dos testes RT-PCR para detecção do coronavírus têm sofrido com inconsistências. Estoque de exames reduzidos, comprados por meio da Organização Pan-americana da Saúde, também começa a perder a validade. Gulnar Azevedo, presidente da Abrasco, foi ouvida pela Folha de S. Paulo sobre o tema.
De acordo com a reportagem do jornal, o ex-ministro Eduardo Pazuello negou, em depoimento à CPI da pandemia, que testes tenham sido perdidos. O atual ministro, Marcelo Queiroga, tem a mesma posição. Porém, as declarações contradizem os dados do próprio MS e de Secretarias Estaduais de Saúde. Tocantins, por exemplo, relata a perda de 28 mil exames, e Mato Grosso, de 15 mil.
Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Maranhão, afirma que a redução na entrega de testes “tem impacto imediato na ponta”.
Gulnar Azevedo explicou à reportagem a importância da utilização dos testes no enfrentamento da pandemia e que a redução na entrega demonstra “falta de coordenação”. Para a presidente da Abrasco, “não temos a real magnitude de quanto o vírus está circulando e por onde. Não adianta testar quando o fogo já está lá em cima”, reforçando as oportunidades perdidas.
Leia na íntegra a matéria da Folha de S. Paulo.