Durante o primeiro dia de agendas oficiais, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu a Abrasco e outras entidades que compõem a Frente pela Vida (FpV). A audiência aconteceu na manhã desta terça-feira (11), no edifício-sede da pasta, em Brasília (DF). A defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), da democracia e o estreitamento de laços entre o Ministério e a sociedade civil foram algumas das pautas abordadas.
Além da Abrasco, que foi representada pelo presidente Rômulo Paes de Sousa, representantes do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes); da Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABRES); da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN); da Rede Unida; da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam); da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB); da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC); e do Conselho Nacional de Saúde (CNS), entidades que fazem parte da FpV, estiveram presentes.
Durante a reunião, os participantes lembraram da experiência da pandemia da Covid-19, que completa 5 anos nesta terça-feira (11), data em que a emergência sanitária foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante esse período, a atuação da FpV foi determinante no combate à anticiência, ao negacionismo e à inércia de atores governamentais.
Nesse sentido, os coordenadores da FpV destacaram a importância da democracia como uma condição fundamental para que os sistemas de saúde funcionem em contextos de maior estresse, como no caso da pandemia. Além disso, os participantes destacaram também os pontos de convergência entre a agenda da sociedade civil e do governo, em sinal para a manutenção das parcerias e criação de novas pontes e pontos de contato.
Para o presidente da Abrasco, Rômulo Paes, o encontro simboliza a manutenção do canal do Ministério da Saúde com a sociedade civil. “Continuaremos a nossa parceria com o Ministério, de uma forma independente e crítica, trazendo sugestões sobre como as políticas, os programas e as ações da saúde podem ser melhor implementadas em todo Brasil. As entidades presentes se comprometeram a dialogar com o ministério”, declarou.
Sobre a Frente pela Vida
Criada em 29 de maio de 2020, em meio à pandemia de Covid-19, a Frente pela Vida marcou a união de diversas entidades da sociedade civil em defesa da democracia, da ciência e do Sistema Único de Saúde (SUS). Na época, além da crise sanitária, o Brasil enfrentou uma grave crise política, com muitos retrocessos e ameaças aos direitos e à cidadania. Entre os pilares da FpV estão o direito à vida como o bem mais relevante e inalienável da pessoa humana, sem distinção de qualquer natureza; e a noção de que o SUS é um instrumento essencial para preservar vidas, garantindo, com equidade, acesso universal e integral à saúde.
Fazem parte da FpV a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (Cebes), a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e a Rede Unida.
