Reportagem do site ambientalista Mongabay reforça a problemática Zika x Saneamento. O site é um dos mais populares no mundo e uma fonte bem conhecida de notícias ambientais, relatórios e análises, chegando a atrair 2,5 milhões de visitantes por mês. A Série Mongabay: Latin America trouxe dia 29 de julho a matéria ‘Deficient water systems, poor sanitation driving Zika in Brazil’ de Zoe Sullivan e ouviu alguns abrasquianos como Léo Heller e Lia Giraldo – do GT Saúde e Ambiente da Abrasco, além de Guilherme Tavares (SANEAR); Constancia Ayres; Ana Britto; e representantes da COMPESA (Recife) e CEDAE (Rio de Janeiro).
Confira a publicação original.
No início do texto o site reforça que muitos especialistas em saúde pública têm encontrado uma forte ligação entre os sistemas de água e saneamento inadequados entre os pobres do mundo em desenvolvimento, e grandes surtos de doenças transmitidas por mosquitos, como Zika, dengue e chikungunya – “Recife, uma cidade de 3,7 milhões, é o epicentro da epidemia de vírus Zika do Brasil. Um fator determinante da doença é que a cidade – construída sobre um manguezal – tem infra-estrutura sanitária deficiente, tornando o centro urbano um perfeito terreno fértil para mosquitos.
Metade da população do Brasil tem serviços de esgoto inadequados, e 10 por cento têm nenhum. Enquanto o Brasil tem repetidamente proposto reforçar os seus sistemas de água e saneamento, a falta de fundos, burocracia e corrupção se combinaram para parar melhorias. O Brasil confirmou mais de 1.600 casos microcefalia ligados à Zika. Se a incidência de Zika, dengue, chikungunya e outras doenças transmitidas por mosquitos sobe ou desce, em parte depende de como o Brasil aborda seus problemas básicos de infra-estrutura de saúde pública” escreve Zoe.