Após dois anos sem reuniões presenciais, os líderes do G7 reúnem-se na Inglaterra. Aproveitando a ocasião, o Movimento pela Equidade Sustentável em Saúde (SHEM, na sigla em inglês) , que engloba mais de 500 entidades e cerca de 20 milhões de cientistas e profissionais de saúde de todo o mundo, enviou uma carta ao presidente da Cúpula do G7 de 2021, o Primeiro Ministro Boris Johnson, do Reino Unido. No documento, o SHEM pede que os líderes do G7 apoiem a quebra de patentes e outras medidas para facilitar a transferência de tecnologia, a fim de controlar o coronavírus em todo o mundo.
O SHEM afirma que a pandemia está diminuindo, mas não de maneira uniforme: “É um fato bem estabelecido que a vacinação é a ferramenta mais importante que temos para conter a propagação, mas só é eficaz se todos forem vacinados. Ninguém está seguro até que todos estejam seguros, não é apenas um mantra, é verdade”. O grupo de cientistas e profissionais de saúde apela para que os líderes do G7 disponibilizem recursos financeiros para vacinar toda a população global, além de outros recursos necessários para salvar vidas, o mais rápido possível.
A carta foi assinada pelos co-presidentes do SHEM, a médica indiana Afrah Aziz e o brasileiro Paulo Buss, integrante do Comitê de Relações Internacionais da Abrasco e coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz.