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Novo ciclo turbina a Revista Brasileira de Epidemiologia

Ao completar 20 anos em 2018, a Revista Brasileira de Epidemiologia (RBE) iniciou um novo ciclo editorial que agora se intensifica e ganha maior visibilidade, promovendo mudanças sem perder o compromisso com a divulgação de pesquisas de alta qualidade com potencial de aplicação para melhorar a vida das pessoas.

No início deste mês de setembro, a publicação lançou suas novas orientações aos autores (terceira seção da página, após corpo editorial), com apontamentos mais enxutos, objetivos e claros, facilitando a preparação dos manuscritos para submissão. “Acreditamos que essas novas orientações, além de alinhar a RBE às exigências internacionais. como a obrigatoriedade da identificação ORCID por autor, gerem impactos positivos para os autores no momento de redação e edição dos originais” diz Márcia Furquim, editora-chefe da publicação e docente da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).

Entre as novidades, novas modalidades de apresentação de artigos estão previstas, sendo aceitos e avaliados artigos que tragam descrições e discussões sobre aspectos organizacionais e metodológicos de estudos epidemiológicos conduzidos no Brasil e materiais suplementares ao artigo central. A nova seção Destaques convidará os autores a indicar em três ou quatro frases os avanços ao conhecimento que as contribuições deles trazem. “Associado ao resumo, acreditamos que essa seção será um espaço importante em que os autores poderão mostrar ao potencial leitor a relevância do estudo, convidando-o a ler todo o texto” diz Antonio Boing, docente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), integrante do Conselho Diretivo da Abrasco e novo editor científico da publicação.

Renovação editorial: Juntamente com Boing, ingressaram para a editoria científica da RBE os docentes Cássia Maria Buchalla, da FSP/USP, e Juraci Almeida Cesar, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). O trio se soma aos editores seniores Márcia Furquim e Moises Goldbaum, assistidos pela secretaria-executiva da Revista, liderada por Sandra Suzuki e apoiada por Christiane Teixeira.

“Já estávamos discutindo a importância de renovar o corpo editoral da Revista, abrindo espaço para jovens lideranças científicas; e Boing alçou de maneira singular esse destaque, com a realização da décima edição do Congresso Brasileiro de Epidemiologia, em Florianópolis, no ano de 2017. O ingresso dele, de Juraci e de Cássia trouxe uma maior agilidade ao trabalho editorial, além de abrir espaço para núcleos regionais de excelência, saindo da concentração do eixo Rio – São Paulo” responde Márcia, que ressalta também a entrada de novos editores associados em diversas áreas temáticas como parte da estratégia de renovação administrativa e científica.

Boing agradece.”Poder colaborar com a construção da RBE é um enorme prazer assumido com grande dedicação pelos novos editores científicos. O acolhimento dado por Márcia e Moises e equipe tem sido extraordinário, juntamente com o estímulo decisivo da presidente Gulnar e da diretoria da Associação. Sabedores da responsabilidade que é estar à frente de uma revista tão importante, estamos todos nós, editores-científicos, muito entusiasmados com o futuro da RBE e com muitas ideias para contribuir com sua permanente evolução”.

Volume único anual: O novo modelo de editoração da RBE também faz parte desse conjunto de mudanças. Antes publicada a cada 3 meses, desde o ano passado foi adotado o modelo de volume único anual, com publicação de artigos em fluxo contínuo. “Sabemos da importância de termos processos editoriais rigorosos do ponto de vista científico, mas que também sejam ágeis. Desde que começamos a trabalhar nesse modo já temos observado significativas reduções de tempo em todas as etapas do processo editorial” comenta Boing.

Tais modificações visam ampliar ainda mais o reconhecimento da publicação na comunidade acadêmica e acabam refletindo nos indicadores das bases científicas internacionais. Desde 2014 a RBE tem aumentado seu CiteScore na base Scopus, figurando em 2018 como o segundo mais elevado entre as revistas brasileiras da área. Além disso, entre 2013 e 2018, o número de acessos aos artigos da RBE na base SciELO quase triplicou no formato PDF e a leitura dos resumos quase quadruplicou.

“A vida média dos artigos em nossa área é longa e se consolida com o tempo. Se pegarmos textos de 4 anos, boa parte já ultrapassou o indicador de uma citação por artigo, algo ótimo” reforça Márcia. Para Boing, o aumento da procura e do número de citações também tem sido observados em outras revistas brasileiras da área, o que demonstra a excelência da produção científica brasileira na área de Saúde Coletiva em geral, e da Epidemiologia, em particular. “Ou seja, são esses os estudos com forte potencial de aplicação do conhecimento na discussão de políticas públicas e na organização dos serviços de saúde que a comunidade científica brasileira tem produzido e que a RBE tem contribuído a disseminar de maneira aberta e acessível a todos” conclui o editor.

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